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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Reflexões sobre desenvolvimento moral

Nos últimos anos, sobretudo neste ano, o que vem chamado à atenção de toda a sociedade são os casos de violência dentro das instituições de ensino, rara era a semana que não se tinha como capa de jornal um caso desse tipo. O que mais impressiona é que cada vez mais está atingindo crianças de menor idade, do ensino fundamental que é a minha área de atuação.
Fico imaginando se isso está ocorrendo com quem está freqüentando uma escola, pois estes deveriam estar mais preparados para o convívio social e menos propenso a se envolver em brigas, o que esperar então daqueles que estão nas ruas?
Penso que o problema está na educação básica que deveria ser passada pela família, mas o que se percebe, desde a educação infantil é que as crianças não têm nenhuma orientação quanto a limites e ao respeito com os colegas e com a própria professora. Por isso diante de qualquer contrariedade agem de forma desproporcional e atacam seus colegas com agressividade e violência sem medir conseqüências.
Na minha infância tínhamos nossas diferenças, mas resolvíamos através de discussões mais acirradas, sem ofensas pessoais, muito menos contato físico.
Em minha sala de aula, na 4ª série, ocorreu uma situação em que um colega foi alcançar a borracha a outro que sentava em outra fila e jogou o objeto acertando o rosto de outro. Este, instintivamente levantou e revidou aquilo que julgou ser uma provocação, sem nem ao menos tentar dialogar ou aceitar a interferência do professor.
Cada vez mais a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas, como acabei de citar. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inserido.
Acredito que nas escolas as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no PPP. Deveríamos sempre enfatizar este tema tão atual e preocupante para momentos de discussão e reflexão dentro das instituições de ensino, para que os educandos se percebam capacitados de agir como verdadeiros cidadãos que futuramente auxiliarão na transformação social.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Método Clínico

Aplicamos a prova do método clínico com um aluno do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos. Foi de grande valia porque não tinha o conhecimento de tal prova e da eficácia da mesma. Ficou visível que a prova diagnostica o estágio em que a criança se encontra. Fiquei empolgada com a prova e predendo realizá-la com o aluno que estou fazendo o estudo de caso.

Método Clínico
Dados de Identificação:
Nome: L. G. S
Idade da criança: 7 anos
Série: 1ª série
Data da prova: 11/05/09
Duração: 25 minutos
Observadoras: Fárida Dias da Silva e Sandra Aparecida da Silveira Costa
Prova: A conversação da massa (quantidades contínuas)

2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc).
A prova realizou-se numa sala de aula da escola E.M.E. F Antonio Ramos da Rocha, foi utilizado um ambiente tranqüilo, onde o aluno ficou à vontade sentando-se num tapete no centro na sala, juntamente com ele ficaram apenas as duas professoras observadoras.



3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Antes da prova criamos um ambiente descontraído, fazendo com que o mesmo se sentisse acolhido e disposto a realizar a prova.
Iniciamos a prova mostrando-lhe as duas bolinhas de massinha de modelar de cores diferentes e lhe perguntamos:
As duas bolinhas possuem a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não, porque uma era um pouquinho mais gordinha que a outra.
Tornamos a questioná-lo quanto a quantidade.
Ele pegou as duas massinhas nas mãos e continuou afirmando que não tinha a mesma quantidade.
Após perguntamos ao aluno, se transformarmos uma das bolinhas em uma salsicha, terá mais ou será a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não.
Transformamos então, uma das bolinhas em uma salsicha, o mesmo observou e nos perguntamos:
Tem a mesma quantidade nas duas?
Ele respondeu:
-Não, e argumentou que era mais magra que a outra.
Novamente perguntamos a ele:
E se transformarmos novamente a salsicha em uma bolinha terá a mesma quantidade que a outra bolinha?
Ele respondeu:
-Não, porque uma é um pouquinho mais gordinho que a outra.
Como o aluno não aceitava que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade de massa, precisou espichar as duas bolinhas em formatos de salsicha, sendo que o mesmo colocou uma ao lado da outra e verificou que assim tinham a mesma quantidade.





4. Análise:

4.1 - Quanto às condutas da criança - Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc.)
Desde o inicio da prova o aluno mostrou-se firme em suas conclusões, demonstrando ser um aluno muito observador, pois no mínimo detalhe de uma das bolinhas aparentar um pouquinho mais redonda, foi o suficiente para que o mesmo afirmasse que as duas bolinhas não tinham a mesma quantidade.

- Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
Acreditamos que essa criança está no estágio de desenvolvimento, pré-operatório, onde possui algumas noções de tamanho. Relaciona formas com quantidades (para ele, a salsicha tinha maior quantidade de massa que a bola).
Observamos que se o objeto não tiver realmente o mesmo formato não consegue a assimilar relacionar a quantidade ao tamanho.

4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc.) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
As experimentadoras tiveram que explorar muito o material utilizado para que o mesmo chegasse a conclusão (já no final da prova) que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade. Foi preciso ele transformar as duas bolinhas em salsichas colocando uma ao lado da outra e concluir que se tratava da mesma quantidade de massa.





- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
A intenverção utilizada para que o aluno se desse conta que se tratava da mesma quantidade de massa entre as duas bolinhas foi transformando as mesmas em forma de salsichas, no qual o aluno colocou-as paralelamente medindo-as minuciosamente para não ficar dúvida para si mesmo.



- Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Para que a observação seja fiel ao desempenho do aluno, o mesmo precisa estar confiante e seguro nas suas conclusões, para que suas respostas possam demonstrar o real estágio em que o educando se encontra.
O observador por sua vez tem a função de ir orientando o aluno para que o mesmo consiga chegar as suas próprias conclusões informando maior número de dados para que o observador possa analisar o maior numero de dados, tornando assim a prova fiel.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estágio Opertório Concreto

Através da aula V - Estágios de Desenvolvimento - da interdisciplina DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - B, realizandoi minhas participações no fórum conclui que a fase operacional concreta é um estágio com tarefas mentais ligadas a objetos e a situações concretas, ou seja, o prático. Meus alunos encontram-se nessa fase. Procuro desenvolver com eles atividades que propiciam manipulação de objetos concretos, recursos visuais, experimentos científicos simples, classificação e agrupamento objetos, sempre elevando os níveis para se tornar mais complexos e também desafios que requeiram pensamento lógico e analítico. Segundo a teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo, as crianças no estágio das operações concretas conseguem pensar logicamente sobre situações tangíveis e demonstram a conservação, a reversibilidade, a classificação e a seriação. Evidencio que as fases não estão ligadas a idade cronológica das crianças