A cena que me chamou a atenção é onde aparece o aluno Deivison Douglas, 16 anos, da 8ª série, pois tem muito haver com a clientela de alunos a qual eu trabalhos no turno da manhã. Apesar de muitos discriminarem esse tipo de aluno, eu vejo esta rebeldia que eles apresentam como forma de chamar a atenção e até como um tipo de carência que vai da afetiva até a material.
Com certeza, alunos com o comportamento como o do Deivison Douglas, entre os quais: a falta de limites, a agressão verbal e até física, a indiferença com o outro e a si próprio, fazendo parte do seu cotidiano, servindo assim de parâmetro para sua vida, tornando-se um problema de convivência dentro da escola e isso se reflete no aprendizado.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 22 diz: “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Contudo, na prática cotidiana, observa-se que a escola pública não tem cumprido sua função socializadora de preparar os jovens para o mercado de trabalho, tanto em relação à técnica ou disciplina, quanto como formadora do indivíduo em sua totalidade, de modo a desenvolver um pensamento crítico e autônomo em relação ao mundo (SOUZA, 2003, p. 42).
Isto ficou muito evidente no documentário, ele traz à tona questões muito abrangentes como: será que a escola, que está inserida no modelo capitalista, exploratório e promotor de desigualdades dará conta de atender as perspectivas dos jovens? Como fazer da escola um espaço disputado? Ela será uma porta para a no mercado de trabalho?
Esta é uma questão para se pensar.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
CONAE
No dia 19 de junho de 2009 (sexta-feira), participamos da etapa inicial do CONAE (Conferência Nacional da Educação), participaram os quatros segmentos (professores, pais, alunos e funcionários), onde foram analisados os 6 eixos que comtemplam as diferentes áreas da educação.Durante esta etapa foram eleitos os representantes dos quatro segmentos sendo que os mesmos irão defender as idéias da escola na Conferência, nos dias 26 e 27 de junho.
É importante ressaltar que o CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Será organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.A importância política da CONAE para o País guarda relação, em suas origens, com a própria história de institucionalização do Ministério da Educação. Quando o Presidente da República sancionou, em 1937, a Lei nº 378, reorganizando o Ministério da Educação e Saúde Pública, também institui no mesmo ato, a Conferência Nacional de Educação.Fonte: portal.mec.gov.br
É importante ressaltar que o CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Será organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.A importância política da CONAE para o País guarda relação, em suas origens, com a própria história de institucionalização do Ministério da Educação. Quando o Presidente da República sancionou, em 1937, a Lei nº 378, reorganizando o Ministério da Educação e Saúde Pública, também institui no mesmo ato, a Conferência Nacional de Educação.Fonte: portal.mec.gov.br
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Reflexões sobre desenvolvimento moral
Nos últimos anos, sobretudo neste ano, o que vem chamado à atenção de toda a sociedade são os casos de violência dentro das instituições de ensino, rara era a semana que não se tinha como capa de jornal um caso desse tipo. O que mais impressiona é que cada vez mais está atingindo crianças de menor idade, do ensino fundamental que é a minha área de atuação.
Fico imaginando se isso está ocorrendo com quem está freqüentando uma escola, pois estes deveriam estar mais preparados para o convívio social e menos propenso a se envolver em brigas, o que esperar então daqueles que estão nas ruas?
Penso que o problema está na educação básica que deveria ser passada pela família, mas o que se percebe, desde a educação infantil é que as crianças não têm nenhuma orientação quanto a limites e ao respeito com os colegas e com a própria professora. Por isso diante de qualquer contrariedade agem de forma desproporcional e atacam seus colegas com agressividade e violência sem medir conseqüências.
Na minha infância tínhamos nossas diferenças, mas resolvíamos através de discussões mais acirradas, sem ofensas pessoais, muito menos contato físico.
Em minha sala de aula, na 4ª série, ocorreu uma situação em que um colega foi alcançar a borracha a outro que sentava em outra fila e jogou o objeto acertando o rosto de outro. Este, instintivamente levantou e revidou aquilo que julgou ser uma provocação, sem nem ao menos tentar dialogar ou aceitar a interferência do professor.
Cada vez mais a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas, como acabei de citar. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inserido.
Acredito que nas escolas as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no PPP. Deveríamos sempre enfatizar este tema tão atual e preocupante para momentos de discussão e reflexão dentro das instituições de ensino, para que os educandos se percebam capacitados de agir como verdadeiros cidadãos que futuramente auxiliarão na transformação social.
Fico imaginando se isso está ocorrendo com quem está freqüentando uma escola, pois estes deveriam estar mais preparados para o convívio social e menos propenso a se envolver em brigas, o que esperar então daqueles que estão nas ruas?
Penso que o problema está na educação básica que deveria ser passada pela família, mas o que se percebe, desde a educação infantil é que as crianças não têm nenhuma orientação quanto a limites e ao respeito com os colegas e com a própria professora. Por isso diante de qualquer contrariedade agem de forma desproporcional e atacam seus colegas com agressividade e violência sem medir conseqüências.
Na minha infância tínhamos nossas diferenças, mas resolvíamos através de discussões mais acirradas, sem ofensas pessoais, muito menos contato físico.
Em minha sala de aula, na 4ª série, ocorreu uma situação em que um colega foi alcançar a borracha a outro que sentava em outra fila e jogou o objeto acertando o rosto de outro. Este, instintivamente levantou e revidou aquilo que julgou ser uma provocação, sem nem ao menos tentar dialogar ou aceitar a interferência do professor.
Cada vez mais a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas, como acabei de citar. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inserido.
Acredito que nas escolas as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no PPP. Deveríamos sempre enfatizar este tema tão atual e preocupante para momentos de discussão e reflexão dentro das instituições de ensino, para que os educandos se percebam capacitados de agir como verdadeiros cidadãos que futuramente auxiliarão na transformação social.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Projeto "É preciso saber viver"
Ao iniciarmos o 2º trimestre, estamos desenvolvendo em nossa escola um novo projeto que tem como tema “É precioso saber viver”.
Quando começamos a desmembrar os sub-temas que poderíamos explorar, fiz um linck com o texto Educação após Auschwitz, para que pudéssemos reforçar a auto-estima do aluno, o respeito, à solidariedade, o amor ao próximo enfim, os valores que estão muito esquecidos entre as crianças e os jovens.
A leitura do texto me fez repensar a minha prática, pois apesar de já ter conhecimento dos fatos que envolveram Auschwitz, nunca havia pensado relacionando ao cotidiano escolar.
Quando começamos a desmembrar os sub-temas que poderíamos explorar, fiz um linck com o texto Educação após Auschwitz, para que pudéssemos reforçar a auto-estima do aluno, o respeito, à solidariedade, o amor ao próximo enfim, os valores que estão muito esquecidos entre as crianças e os jovens.
A leitura do texto me fez repensar a minha prática, pois apesar de já ter conhecimento dos fatos que envolveram Auschwitz, nunca havia pensado relacionando ao cotidiano escolar.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Os povos indígenas
Desde os anos de 1500, mais de 5 milhões de pessoas divididas em cerca de 900 povos culturalmente diferenciados, habitavam o nosso País. Nesta época, Portugal tinha menos de 1 milhão de habitantes. Hoje se calcula que a população indígena, no Brasil, seja de 700 milhões pertencentes a 225 povos, que falam 180 línguas diferentes. Desta população, em torno de 360. 320 vivem em territórios e os demais migraram para centros urbanos e ainda alguns pertencem a povos não contatados.
No Rio Grande do Sul, todo o território gaúcho era ocupado por povos indígenas. No inicio do século XVII, o atual estado do RS era constituído pela chamada “Província do Tape”, os índios eram os únicos habitantes, divididos em grupos que se espalhavam pelo território. Sendo assim, podemos dizer que o primeiro ciclo desocupou os campos e o segundo retirou os índios das matas. Estes dois, somados a ação sanguinária dos Bandeirantes Paulistas, à lei de terras de 1850 e os outros fatos históricos foram determinantes para o desaparecimento de muitos povos indígenas aqui radicados tradicionalmente.
É necessário termos a clareza de algumas generalizações que fazemos como “índios” ou “África”, pois são totalmente inadequados e geram preconceitos já que descaracterizam as identidades éticas e culturais, generalizações como estas, já mais representaram corretamente (nem imagem e nem cultura...). Os povos indígenas elevados a nações obtiveram certa autonomia no Brasil.
Hoje, podemos afirmar que os povos indígenas são sobreviventes do processo de colonização, já que foram quase totalmente dizimados, conclusão a que os números anteriormente citados nos fazem chegar.
Quando se pensa no índio estamos introduzindo a idéia de denominações. “Índio” é uma generalização, pois na verdade cada indivíduo assim denominado pertence a uma etnia, a qual tem sua identificação própria, tal como os povos, Guarani, Xavante, etc. O erro cometido por Colombo há mais de 500 anos – ao denominar os povos do Continente Americano de índios, julgando estar em terras asiáticas – persiste ainda nos dias atuais quando se faz referência aos povos nativos do Brasil.
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. A maioria delas não vive mais como antes da chegada dos portugueses, pois o, contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
No Rio Grande do Sul, todo o território gaúcho era ocupado por povos indígenas. No inicio do século XVII, o atual estado do RS era constituído pela chamada “Província do Tape”, os índios eram os únicos habitantes, divididos em grupos que se espalhavam pelo território. Sendo assim, podemos dizer que o primeiro ciclo desocupou os campos e o segundo retirou os índios das matas. Estes dois, somados a ação sanguinária dos Bandeirantes Paulistas, à lei de terras de 1850 e os outros fatos históricos foram determinantes para o desaparecimento de muitos povos indígenas aqui radicados tradicionalmente.
É necessário termos a clareza de algumas generalizações que fazemos como “índios” ou “África”, pois são totalmente inadequados e geram preconceitos já que descaracterizam as identidades éticas e culturais, generalizações como estas, já mais representaram corretamente (nem imagem e nem cultura...). Os povos indígenas elevados a nações obtiveram certa autonomia no Brasil.
Hoje, podemos afirmar que os povos indígenas são sobreviventes do processo de colonização, já que foram quase totalmente dizimados, conclusão a que os números anteriormente citados nos fazem chegar.
Quando se pensa no índio estamos introduzindo a idéia de denominações. “Índio” é uma generalização, pois na verdade cada indivíduo assim denominado pertence a uma etnia, a qual tem sua identificação própria, tal como os povos, Guarani, Xavante, etc. O erro cometido por Colombo há mais de 500 anos – ao denominar os povos do Continente Americano de índios, julgando estar em terras asiáticas – persiste ainda nos dias atuais quando se faz referência aos povos nativos do Brasil.
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. A maioria delas não vive mais como antes da chegada dos portugueses, pois o, contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Uma análise do presente educacional: para que Auschwitz nunca mais aconteça!
Uma análise sobre a leitura dos textos indicados:
A Educação após Auschwitz (1995), Adorno afirma que “A exigência que
Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação” (p.119). Esse
acontecimento foi tão intenso que aparece como algo sobre o qual seria impossível não
se pensar, por isso, se coloca como o problema que exige ser pensado. Esse
acontecimento atacou seu pensamento e o mobilizou a responder a ele,
pois ele foi afetado por Auschwitz de
diversas formas: foi afastado de seu cargo de professor em Frankfurt; foi exilado de seu
país; teve seus amigos mortos; viu sua sociedade agir de modo devastador,
enfim presenciou a barbárie nua e crua e a viveu. Adorno está tão certo de que
Auschwitz foi e continua sendo um problema que afeta a todos, que dedicou parte de
sua obra para explicar, fundamentar, problematizar e, principalmente, não deixar que
esta discussão fosse apenas mais uma entre as discussões presentes no debate filosófico educacional.
Para ele, essa questão é de tamanha importância “De tal modo que ela
precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la” (1995,
p. 119). Adorno pensa que o problema de Auschwitz é evidente e afeta a todos, por isso,
deixa de ser um problema só seu e passa a ser um problema de todos, que precisa ser
pensado por todos um acontecimento problemático que afeta a todos os indivíduos porque trata das condições deste tempo e pede resolução. Adorno não se dispõe apenas a continuar
discutir sobre Auschwitz, mas o faz de tal modo que este seja o principal problema e o
centro da investigação em seu fazer filosófico sobre a educação.
Para ele, o processo educacional deveria ter como objetivo principal o trato a
esse problema para poder esclarecer-se e criar condições para que todos se esclareçam
acerca de como e por que a barbárie Auschwitz ocorreu e quais condições poderiam
fazer com que ela voltasse a ocorrer. A sociedade em geral e a educação em particular
não têm dado atenção ao tema como deveriam: “Não consigo entender como até hoje
[essa questão] mereceu tão pouca atenção” (ADORNO, 1995, p. 119).
O desprezo com que o problema da barbárie é tratado prova que
“a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que
ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas,
sintoma de persistência da possibilidade de que se repita no que depende do
estado de consciência e de inconsciência das pessoas” (ADORNO, 1995, p.
119).
Por isso, a discussão sobre as condições do presente educacional, social e psicológico
não pode ser abandonada. Não se pode esquecer o presente e o que ele pode produzir, se
não for pensado de modo esclarecedor. Pensar a própria atualidade deveria ser a
preocupação de todos.
A Educação após Auschwitz (1995), Adorno afirma que “A exigência que
Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação” (p.119). Esse
acontecimento foi tão intenso que aparece como algo sobre o qual seria impossível não
se pensar, por isso, se coloca como o problema que exige ser pensado. Esse
acontecimento atacou seu pensamento e o mobilizou a responder a ele,
pois ele foi afetado por Auschwitz de
diversas formas: foi afastado de seu cargo de professor em Frankfurt; foi exilado de seu
país; teve seus amigos mortos; viu sua sociedade agir de modo devastador,
enfim presenciou a barbárie nua e crua e a viveu. Adorno está tão certo de que
Auschwitz foi e continua sendo um problema que afeta a todos, que dedicou parte de
sua obra para explicar, fundamentar, problematizar e, principalmente, não deixar que
esta discussão fosse apenas mais uma entre as discussões presentes no debate filosófico educacional.
Para ele, essa questão é de tamanha importância “De tal modo que ela
precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la” (1995,
p. 119). Adorno pensa que o problema de Auschwitz é evidente e afeta a todos, por isso,
deixa de ser um problema só seu e passa a ser um problema de todos, que precisa ser
pensado por todos um acontecimento problemático que afeta a todos os indivíduos porque trata das condições deste tempo e pede resolução. Adorno não se dispõe apenas a continuar
discutir sobre Auschwitz, mas o faz de tal modo que este seja o principal problema e o
centro da investigação em seu fazer filosófico sobre a educação.
Para ele, o processo educacional deveria ter como objetivo principal o trato a
esse problema para poder esclarecer-se e criar condições para que todos se esclareçam
acerca de como e por que a barbárie Auschwitz ocorreu e quais condições poderiam
fazer com que ela voltasse a ocorrer. A sociedade em geral e a educação em particular
não têm dado atenção ao tema como deveriam: “Não consigo entender como até hoje
[essa questão] mereceu tão pouca atenção” (ADORNO, 1995, p. 119).
O desprezo com que o problema da barbárie é tratado prova que
“a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que
ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas,
sintoma de persistência da possibilidade de que se repita no que depende do
estado de consciência e de inconsciência das pessoas” (ADORNO, 1995, p.
119).
Por isso, a discussão sobre as condições do presente educacional, social e psicológico
não pode ser abandonada. Não se pode esquecer o presente e o que ele pode produzir, se
não for pensado de modo esclarecedor. Pensar a própria atualidade deveria ser a
preocupação de todos.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Método Clínico
Aplicamos a prova do método clínico com um aluno do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos. Foi de grande valia porque não tinha o conhecimento de tal prova e da eficácia da mesma. Ficou visível que a prova diagnostica o estágio em que a criança se encontra. Fiquei empolgada com a prova e predendo realizá-la com o aluno que estou fazendo o estudo de caso.
Método Clínico
Dados de Identificação:
Nome: L. G. S
Idade da criança: 7 anos
Série: 1ª série
Data da prova: 11/05/09
Duração: 25 minutos
Observadoras: Fárida Dias da Silva e Sandra Aparecida da Silveira Costa
Prova: A conversação da massa (quantidades contínuas)
2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc).
A prova realizou-se numa sala de aula da escola E.M.E. F Antonio Ramos da Rocha, foi utilizado um ambiente tranqüilo, onde o aluno ficou à vontade sentando-se num tapete no centro na sala, juntamente com ele ficaram apenas as duas professoras observadoras.
3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Antes da prova criamos um ambiente descontraído, fazendo com que o mesmo se sentisse acolhido e disposto a realizar a prova.
Iniciamos a prova mostrando-lhe as duas bolinhas de massinha de modelar de cores diferentes e lhe perguntamos:
As duas bolinhas possuem a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não, porque uma era um pouquinho mais gordinha que a outra.
Tornamos a questioná-lo quanto a quantidade.
Ele pegou as duas massinhas nas mãos e continuou afirmando que não tinha a mesma quantidade.
Após perguntamos ao aluno, se transformarmos uma das bolinhas em uma salsicha, terá mais ou será a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não.
Transformamos então, uma das bolinhas em uma salsicha, o mesmo observou e nos perguntamos:
Tem a mesma quantidade nas duas?
Ele respondeu:
-Não, e argumentou que era mais magra que a outra.
Novamente perguntamos a ele:
E se transformarmos novamente a salsicha em uma bolinha terá a mesma quantidade que a outra bolinha?
Ele respondeu:
-Não, porque uma é um pouquinho mais gordinho que a outra.
Como o aluno não aceitava que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade de massa, precisou espichar as duas bolinhas em formatos de salsicha, sendo que o mesmo colocou uma ao lado da outra e verificou que assim tinham a mesma quantidade.
4. Análise:
4.1 - Quanto às condutas da criança - Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc.)
Desde o inicio da prova o aluno mostrou-se firme em suas conclusões, demonstrando ser um aluno muito observador, pois no mínimo detalhe de uma das bolinhas aparentar um pouquinho mais redonda, foi o suficiente para que o mesmo afirmasse que as duas bolinhas não tinham a mesma quantidade.
- Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
Acreditamos que essa criança está no estágio de desenvolvimento, pré-operatório, onde possui algumas noções de tamanho. Relaciona formas com quantidades (para ele, a salsicha tinha maior quantidade de massa que a bola).
Observamos que se o objeto não tiver realmente o mesmo formato não consegue a assimilar relacionar a quantidade ao tamanho.
4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc.) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
As experimentadoras tiveram que explorar muito o material utilizado para que o mesmo chegasse a conclusão (já no final da prova) que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade. Foi preciso ele transformar as duas bolinhas em salsichas colocando uma ao lado da outra e concluir que se tratava da mesma quantidade de massa.
- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
A intenverção utilizada para que o aluno se desse conta que se tratava da mesma quantidade de massa entre as duas bolinhas foi transformando as mesmas em forma de salsichas, no qual o aluno colocou-as paralelamente medindo-as minuciosamente para não ficar dúvida para si mesmo.
- Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Para que a observação seja fiel ao desempenho do aluno, o mesmo precisa estar confiante e seguro nas suas conclusões, para que suas respostas possam demonstrar o real estágio em que o educando se encontra.
O observador por sua vez tem a função de ir orientando o aluno para que o mesmo consiga chegar as suas próprias conclusões informando maior número de dados para que o observador possa analisar o maior numero de dados, tornando assim a prova fiel.
Método Clínico
Dados de Identificação:
Nome: L. G. S
Idade da criança: 7 anos
Série: 1ª série
Data da prova: 11/05/09
Duração: 25 minutos
Observadoras: Fárida Dias da Silva e Sandra Aparecida da Silveira Costa
Prova: A conversação da massa (quantidades contínuas)
2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc).
A prova realizou-se numa sala de aula da escola E.M.E. F Antonio Ramos da Rocha, foi utilizado um ambiente tranqüilo, onde o aluno ficou à vontade sentando-se num tapete no centro na sala, juntamente com ele ficaram apenas as duas professoras observadoras.
3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Antes da prova criamos um ambiente descontraído, fazendo com que o mesmo se sentisse acolhido e disposto a realizar a prova.
Iniciamos a prova mostrando-lhe as duas bolinhas de massinha de modelar de cores diferentes e lhe perguntamos:
As duas bolinhas possuem a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não, porque uma era um pouquinho mais gordinha que a outra.
Tornamos a questioná-lo quanto a quantidade.
Ele pegou as duas massinhas nas mãos e continuou afirmando que não tinha a mesma quantidade.
Após perguntamos ao aluno, se transformarmos uma das bolinhas em uma salsicha, terá mais ou será a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não.
Transformamos então, uma das bolinhas em uma salsicha, o mesmo observou e nos perguntamos:
Tem a mesma quantidade nas duas?
Ele respondeu:
-Não, e argumentou que era mais magra que a outra.
Novamente perguntamos a ele:
E se transformarmos novamente a salsicha em uma bolinha terá a mesma quantidade que a outra bolinha?
Ele respondeu:
-Não, porque uma é um pouquinho mais gordinho que a outra.
Como o aluno não aceitava que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade de massa, precisou espichar as duas bolinhas em formatos de salsicha, sendo que o mesmo colocou uma ao lado da outra e verificou que assim tinham a mesma quantidade.
4. Análise:
4.1 - Quanto às condutas da criança - Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc.)
Desde o inicio da prova o aluno mostrou-se firme em suas conclusões, demonstrando ser um aluno muito observador, pois no mínimo detalhe de uma das bolinhas aparentar um pouquinho mais redonda, foi o suficiente para que o mesmo afirmasse que as duas bolinhas não tinham a mesma quantidade.
- Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
Acreditamos que essa criança está no estágio de desenvolvimento, pré-operatório, onde possui algumas noções de tamanho. Relaciona formas com quantidades (para ele, a salsicha tinha maior quantidade de massa que a bola).
Observamos que se o objeto não tiver realmente o mesmo formato não consegue a assimilar relacionar a quantidade ao tamanho.
4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc.) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
As experimentadoras tiveram que explorar muito o material utilizado para que o mesmo chegasse a conclusão (já no final da prova) que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade. Foi preciso ele transformar as duas bolinhas em salsichas colocando uma ao lado da outra e concluir que se tratava da mesma quantidade de massa.
- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
A intenverção utilizada para que o aluno se desse conta que se tratava da mesma quantidade de massa entre as duas bolinhas foi transformando as mesmas em forma de salsichas, no qual o aluno colocou-as paralelamente medindo-as minuciosamente para não ficar dúvida para si mesmo.
- Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Para que a observação seja fiel ao desempenho do aluno, o mesmo precisa estar confiante e seguro nas suas conclusões, para que suas respostas possam demonstrar o real estágio em que o educando se encontra.
O observador por sua vez tem a função de ir orientando o aluno para que o mesmo consiga chegar as suas próprias conclusões informando maior número de dados para que o observador possa analisar o maior numero de dados, tornando assim a prova fiel.
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