sábado, 27 de novembro de 2010

Música na Escola - B


Sempre fui muito ligada à música, inclusive desde criança, minha mãe me contava que eu adorava dormir ouvindo suas canções de ninar. Por causa dessa minha preferência aos meus 6 anos meu pai, comprou uma vitrola portátil já usada que só tocava discos de vinil para eu poder escutar minhas canções prediletas, inclusive guardo como relíquia até hoje. Já na adolescência, fiz parte por vários anos da Banda Marcial Dom Feliciano, onde iniciei tocando pífaro e depois passei para a escaleta.. Já na minha fase adulta, continuou o gosto pela música, assim que lançaram o videokê, eu alugava nos finais de semana para cantar junto com a família e amigos.
Como não tenho o hábito de assistir televisão, meu hobby é ouvir música e sou bem eclética não tenho uma preferência musical. Tenho “coleções” de DVDs de clips que adoro assistir eles me acalmam e dão uma paz interior e algumas vezes até uma injeção de ânimo quando estou um pouco mais cansada. Penso que a música é universal, não conheço ninguém que não se identifique com ela. Eu inclusive tenho uma “memória auditiva” não sei se é esse bem o termo, pois para cada momento importante da minha vida, tem uma música que marcou; e quando escuto a “tal música” vem um flasch na minha mente daquela situação.
Ao trabalhar a pesquisa e entrevista sobre o meu tema do meu TCC “O Bullying e seus reflexos no processo de ensino-aprendigem,” ocorreu-me de escolher uma música que retratasse este tema. A eleita foi “O sal da Terra” de Beto Guedes. Além de poder trabalhar interdisciplinarmente a canção, foi muito contagiante todo este trabalho, pois indiscutivelmente a música mexe com nossos sentimentos. Eis a letra:

O Sal da Terra - Beto Guedes
Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos


Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DOCÊNCIA 06 A 10 ANOS - B



O Bullying e seus reflexos no processo de ensino-aprendizagem
O interesse por me aprofundar pela temática "Bullying" surgiu no final do meu estágio curricular através de um aluno do 3º ano que teve “Legg-Calve-Perthes,” uma doença rara degenerativa que atinge o quadril e acomete crianças entre 4 e 9 anos de idade. Ele precisou fazer diversas intervenções cirúrgicas na coxa para corrigir a deficiência. Mesmo assim, a perna direita ficou um pouco mais curta. Além disso, ele está um pouco acima do peso, o que foi motivo para “gracinhas” de alguns colegas.
Os “maldosos” só o incomodavam e o provocavam quando não havia nenhum adulto por perto. Isso ocorreu por alguns meses, até que um dia ele conseguiu “desabafar” com uma professora que o encontrou chorando no banheiro da escola. No seu desabafo incluía até mesmo seus próprios familiares, que o chamavam de “baleia” por ele não conseguir perder peso.
Além desta situação do meu estágio, também ocorreu um fato semelhante na turma da 5ª série onde leciono matemática e ciências no turno da tarde, em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental da grande Porto Alegre. Recebi um aluno no mês de abril deste ano que é filho de brasileira com japonês. Em razão da miscigenação tem os olhos verdes puxadinhos. Foi o suficiente para uma liderança da sala se salientar. O menino sofreu humilhação por conta de sua aparência e também por ser muito esforçado e dedicado aos estudos.
As observações preliminares me motivaram a pesquisar mais sobre este assunto em razão de perceber o quanto esta prática prejudica tanto o agredido quanto o agressor no processo de ensino-aprendizagem, bem como também no seu perfil psicológico e emocional, principalmente nesta fase que eles estão formando sua personalidade.
Com o intuito de aprofundar tal compreensão, foram coletados dados através de um questionário junto aos alunos das duas turmas da 5ª série de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental. Eles responderam a um questionário com questões de múltipla escolha e questões abertas. A pesquisa busca descrever os principais envolvidos (vitimados e seus responsáveis, perfil dos agressores e principais locais em que o bullying ocorre), bem como os problemas que este fato pode ocasionar, tornando-se um fator gerador de consequências importantes dentro e fora do contexto escolar.
Esta pesquisa analisou diversas bibliografias encontradas em livros, sites, registros sistemáticos da observação direta de alunos vitimados pelo Bullying, entre outras fontes.
A pesquisa junto aos sujeitos mencionados teve por objetivo:
-Verificar se existe a consciência do fenômeno Bullying.
-Caracterizar os sujeitos envolvidos no processo de Bullying.
-Identificar o papel da família na prática do Bullying.
-Refletir sobre o papel da instituição frente a essa problemática.
-Discutir as consequências que o Bullying pode acarretar nos sujeitos.
Também é preciso destacar que um estudo desta natureza permite analisar os efeitos no aprendizado escolar, tanto para quem comete como para as vítimas do Bullying. Muitas vezes, quando ocorre o Bullying, os profissionais da educação ficam indiferentes com esta situação e, como decorrência, esta violação moral ou física pode deixar sequelas graves para a vida da criança e do adolescente. É importante observar que tanto a escola quanto os pais são responsáveis pelas crianças, o que se conclui que não deverão ser omissos sobre este aspecto.
Por fim, cabe enfatizar que tal temática vem sendo amplamente estudada na área educacional por autores como: Adriana Pires Souza Cidade- Bullying Escola, uma realidade ainda desconhecida, Cléo Fante, Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz, Ana Beatriz B. Silva, Bullying: Mentes Perigosas nas escolas.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - B


Através da leitura do texto de Marta Kohl de Oliveira “Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem”, considero que a EJA requer um olhar diferenciado por se tratar de jovens e adultos que na maioria das vezes foram discriminados, excluídos da escola, do trabalho e da própria sociedade. Esses educandos tiveram uma ruptura em seus direitos no que se refere à educação escolar, muitos precisaram parar seus estudos por necessidades financeiras, pois a maioria veio de famílias que provinham da zona rural onde os pais já eram analfabetos e priorizavam o trabalho como fonte de sobrevivência, rompendo assim com a escola.
Através da EJA esses educandos possuem a chance de realizar-se profissionalmente e como indivíduo atuante capaz de interagir nas mais diversas áreas.
O educador precisa ter um olhar diferenciado com as especificidades nos ritmos individuais dos alunos da EJA, também deve planejar voltado para a expectativa de trabalho que a maioria dos alunos desta modalidade de ensino almeja. Acredito que o professor preciso ter um “perfil” que exige muita flexibilidade na sua atuação, deve planejar dando ênfase à auto-estima, promovendo autoconfiança já que são alunos que chegam cansados de uma rotina muitas vezes braçal.
Os alunos da EJA estão em busca do resgate da sua identidade e de sua autoconfiança. A linguagem do jovem que freqüenta a EJA está voltada para palavras do momento, chavões e gírias, já o adulto algumas vezes fala errado, o que gera vergonha e até discriminação o que pode comprometer a inclusão deste aluno. O pensamento do adulto algumas vezes está obsoleto, pois alguns objetivam apenas ler e escrever para se “defender”, mas na grande maioria está cheia de expectativas e sonhos que não foram atingidos ao longo da vida. Já o jovem está na fase dos conflitos, é muito intempestivo e volátil devido à própria idade.
Sem dúvida alguma trabalhar com a EJA exige por parte do professor uma troca de saberes e o professor deve valorizar cada etapa deste aprendizado e que este esteja em sintonia com seu aluno, demonstrando que acredita em seu potencial. Desenvolvi em um grupo trabalho a partir do texto: Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem de Marta Kohl de Oliveira, onde realizamos entrevistas com educadores e educadoras da EJA.

Metodologia: Saída de campo, educadores entrevistados, visitação a escola e tabela de respostas.
Obtivemos o seguinte resultados das entrevistas:

A- Características do aluno Jovem e Adulto
Assíduo e comprometido
Lentidão na realização das tarefas
Conciliar o horário de trabalho com o estudo
Contribui para a sua aprendizagem
Planejamento a partir das experiências dos alunos
Positivos em todas as etapas

B- Dificuldades em sala de aula
Resistência aos trabalhos em grupos
Custo do transporte escolar
Valorização da auto estima dos educandos.
Formação adequada dos educadores

C- Dificuldades no cotidiano
Expressão oral
Aceitação pela família e amigos
Influência no desempenho das atividades escolares
Incentivo aos estudos


D- Funcionamento cognitivo em relação aos grupos culturais
Sociável e responsável
Lentidão na realização das tarefas
Horário para estudos extra classe
Favorece seu desempenho cognitivo
Aceitação por parte dos familiares e amigos
Avanço no desempenho escolar

E- Elementos fundamentais para o sucesso na EJA
Cooperativo e sociável
Dificuldades de memorização e coordenação motora
Distância da escola em relação a sua residência
Contribui para o crescimento cognitivo
Incentivo aos educandos
Formação adequada dos educadores

F- Efeitos nos programas educativos na EJA
Expressão do vocabulário
Gasto com transporte e material escolar
Não favorece na construção da aprendizagem
Perseverança e estímulo dos familiares educadores
Qualificação no processo da EJA

Conclusão:
A partir das entrevistas realizadas com educadores da EJA, ficou evidente para o grupo 9 que trabalhar com estes jovens e adultos é muito gratificante para o educador, pois ocorre uma grande troca de experiências. Enfim, a EJA vem contribuindo de forma positiva tanto para os educadores quanto para os educandos.
A alfabetização de Jovens e Adultos proporciona aos educandos uma forma de independência e autonomia, tornando-os indivíduos capazes de interagirem de forma ativa, contribuindo para o seu crescimento e de todos que estão em seu entorno. Acreditamos que o professor da EJA deve ter um perfil que exige muita flexibilidade na sua atuação, deve planejar dando ênfase à auto-estima, promovendo autoconfiança e levando em consideração as vivências e rotinas de seus alunos.

Referências:
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.
GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.





sábado, 13 de novembro de 2010

Artes Visuais- B






Projeto de Aprendizagem em Artes Visuais

Durante nossas aulas da Interdisciplina Artes Visuais - B, percebi que nossos alunos não conheciam uma exposição de obras de arte. Aproveitei então a Bienal (2007) e propus uma visitação a um dos locais onde estavam sendo realizados a exposição das obras de alguns artistas. Nesse intuito, desenvolvi no último trimestre de 2007, um projeto para valorização e o conhecimento dos artistas possibilitando aos nossos alunos a reflexão sobre a mensagem transmitida através das obras, além da observação do material utilizado para a realização das mesmas.

Os principais objetivos eram:
Vivenciar a arte através da visitação a Bienal.
Conhecer os espaços culturais onde estão expostos as obras de arte.
Conhecer a vida do artista.
Identificar diferentes materiais utilizados nas obras.
Observar obras de arte.
Desenvolver a criatividade através das obras de arte.
Compreender a mensagem transmitida pelo artista.
Interagir com a obra do artista e sua criação.
O trabalho foi desenvolvido com alunos de quarta série, onde os mesmos possuem uma situação econômica de classe média baixa, com conhecimentos culturais favoráveis, participam de algumas atividades sociais tais como: CTG, Clube Esportivos, academias. A maioria possui uma base familiar sólida, com uma participação efetiva na vida escolar de seus filhos. Porém sem uma visão ampla para a arte.
Com o intuito de transmitir aos nossos alunos o prazer ao conhecer novas formas artísticas, propus esse projeto de arte, onde todos os alunos terão oportunidade de vivenciar, aprender e entender melhor a arte.
No primeiro momento explorei a palavra arte, seu significado pessoal e coletivo da turma. Fizemos também uma descrição do que é a Bienal, como a mesma acontece e o porquê.
Nesse projeto conhecemos um dos locais onde estava sendo realizada a Bienal. Elegemos o Espaço Cultural Santander, por ser mais acessível e pelas obras lá expostas. Fizemos um estudo detalhado sobre a vida e obra do artista Jorge Macchi, onde todas as descobertas foram discutidas com a turma, bem como o tipo de obra, materiais utilizados, comparação com outras artistas. Os alunos tiveram uma participação ativa nas pesquisas, lançando mão da internet, folder, jornais e revistas .
Após a realização detalhada do estudo sobre o artista Jorge Macchi, fizemos a visitação ao Espaço Cultural Santander.
Durante a visitação as crianças puderam esclarecer suas dúvidas com as monitoras e ficou visível o olhar encantado das mesmas.
Algumas atividades desenvolvidas no decorrer do projeto:
Produção textual sobre a visitação da Bienal.
Estudo da Biografia do artista Jorge Macchi.
Criação obras, utilizando a técnica do artista. (jornal)
Descrição das obras.
Reeleitura das obras do artista.
Exploração de materiais utilizados pelo artista.
Produção de obras de arte inspirados no artista Jorge Macchi.
A culminância se deu através de exposições de trabalhos artísticos produzidos pelos alunos, tendo como referência o artista Jorge Macchi sendo que o espaço foi aberto para visitação de toda a comunidade escolar. Foi um trabalho diferenciado que marcou muito todos os envolvidos, pois nenhum dos alunos tinha tido um contato tão próximo com as artes anteriormente.
Fiquei orgulhosa de ser a protagonista desta história e são estes momentos que me dão a convicção de ter acertado na escolha da minha profissão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Didática, Planejamento e Avaliação- B


Entendo que avaliação é um processo gradual que ocorre diariamente e em todo momento podemos avaliar nosso aluno, não podemos perder de vista o fato de que cada aluno trabalha , elabora e reformula as informações recebidas de forma individual e progressiva.
Realizo as avaliações dos meus alunos considerando seus avanços, sua trajetória, tendo como objetivo de aperfeiçoar sua aprendizagem e não como forma de penalização.
Os critérios que utilizo para avaliar meu aluno vão desde a suas primeiras aprendizagens no trimestre, seus avanços, valorizando cada conquista que o mesmo realizou nesse longo percurso. Minha maior dificuldade está relacionada ao parecer descritivo, pois penso que muitas vezes os pais ou responsáveis não visualizam e não entendem o que realmente o parecer está demonstrando, por mais bem elaborado que ele seja, ainda assim percebo dúvidas nos pais, como quem diz "ele foi bem ou foi mal?"

Portanto acho muito complicado a interpretação destes pareceres. Após as avaliações sempre faço um questionamento sobre minha prática pedagógica e utilizo esses resultados como forma de buscar outros caminhos para atingir o maior número possível de alunos que atinjam os objetivos satisfatoriamente, partindo assim para um aperfeiçoamento de minha prática pedagógica, levando sempre em consideração os diferentes alunos que tenho.

Escola Inclusiva


No ano passado tive um desafio que considero o de maior superação da minha carreira. Muito se fala e inclusão, mas pouco se faz. Tive uma experiência com um aluno surdo, ele usava de um aparelho, mesmo assim, tinha apenas vinte por cento da audição e me compreendia melhor através da leitura labial. Esse aluno veio de uma escola também regular, porém de outro município, e a família fazia questão que ele frequentasse uma escola “normal.” A mãe desabafou comigo; “descobri que a maioria das escolas recusam-se a receber crianças que não se encaixam no seu critério de normalidade.”E eu pude constatar isso também na minha escola, pois apesar da maioria dos colegas defenderem a inclusão no discurso, a prática não é bem assim. Realmente não é fácil, vivemos numa cultura preconceituosa, observei até por parte dos alunos na aceitação do colega, que num primeiro momento, ficaram curiosos, depois o isolaram e alguns, sentiram piedade. Não foi muito simples a adaptação, tanto da minha parte docente, quanto a do aluno. Precisei vencer muitas barreiras, pois apesar de toda a experiência de 24 anos de sala de aula, nunca havia me deparado com uma situação desta.
Acredito que nada acontece por acaso na vida, pois coincidentemente tenho uma sobrinha que tem a mesma necessidade especial e apesar de não conviver muito com ela, isso me ajudou bastante nos primeiros contatos que tive com esse aluno.
Infelizmente a nossa formação profissional não nos qualifica para atender praticamente nenhum tipo de inclusão, e também não dispomos de profissionais nas escolas para nos dar esse apoio. A educação requer a criação de um novo currículo que promova adaptações envolvendo objetivos, conteúdos, procedimentos didático-metodológicos e de avaliações que venham garantir a escola inclusiva, propiciando o avanço no processo de aprendizagem dos educados.
Para construir o conhecimento e a aprendizagem, é necessário que haja interação como outro, considerando a realidade que o rodeia, valorizando seu conhecimento prévio em busca de informações significativas e mais dinamizadas.
Atualmente, debate-se sobre uma proposta de educação escolar inclusiva, que se define por uma educação escolar, na mesma sala de aula, para todos os alunos, independentemente das diferenças que possam apresentar. Os estudos indicam que a educação escolar inclusiva em Educação Infantil e Séries Iniciais são possíveis, porém num ambiente racionalmente estruturado que se considera pré-requisito para uma inclusão que quer ter sucesso. Penso que a educação escolar inclusiva não pode ser pensada somente na colocação do aluno na sala de aula, mas se preocupar com que todos os alunos se envolvam entre si e com o professor.
“A escola inclusiva deve ser a solução para as pessoas com necessidades educativas especiais, uma vez que a escola é a responsável por formar o cidadão “e a ele deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos” (Declaração de Salamanca, 1994). Portanto a proposta pedagógica precisa buscar alternativas que possibilitem preparar estas pessoas para exercer sua cidadania com dignidade, bem como, “sua inserção no mercado de trabalho”.( Art.2º-LDBEN)
Finalmente, uma educação escolar inclusiva que quer ser positiva deve compreender a interação benéfica entre professores, pais, coordenação e colegas de aula, formando um conjunto preocupado com a educação escolar adequada para todos. Segundo Vygotski (1997), a relação com o outro implica desenvolvimento, sendo possível se dizer que a diversidade em educação escolar inclusiva enriquece, mas se ocorrer ação e relação entre as pessoas. Posso afirmar que tanto a turma que trabalhei quanto esse aluno que recebi saíram ganhando, pois foi uma experiência muito rica para todos, principalmente para mim que faço a mediação entre eles e pude aplicar meus conhecimentos aquiridos no PEAD.
“A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado. O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. ( Freire, 1986, p. 19).





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Seminário Integrador V


Através do seminário Integrador V, recebemos a tarefa de respondermos algumas questões, entre elas destaco: “A escola como instituição pública, sua organização e gestão.” O conceito de Gestão Democrática está ligado ao exercício pleno da cidadania, no espaço público escolar, que inclui o conjunto dos fazeres pertinentes, possibilitando a cada cidadão, individual ou coletivamente, atuar na produção das políticas educacionais e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. É na busca por esta “gestão democrática” que eu me incluo, exigindo transparência e qualidade nas questões pedagógicas e administrativas da escola. As palavras de Paulo Freire, resumem:
“A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado. O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. ( Freire, 1986, p. 19).