Com a intenção de levar meus alunos adultos do noturno na Bienal, fiz um trabalho prévio de pesquisa e coleta de matérias e objetos que eles consideravam ”arte”, e também quem fazia arte na comunidade, na escola e na própria cidade. Tamanha foi a minha surpresa quando descobri que arte para eles era somente artesanato: crochê, tricô, bijuterias, pintura em panos de prato...Depois de um breve resgate sobre o que é arte no sentido mais amplo da palavra, senti que eles já estavam mais “preparados” para a visitação. Gostaria de relatar a fala de um aluno, o seu Valdemar de 61 anos, “Jamais tive a oportunidade de visitar algo parecido em toda a minha vida, e eu que pensei que já conhecia tudo... Vim esta noite me alimentar de cultura!” Este tipo de declaração nos emociona como educadores e faz com que tenhamos mais ânimo e garra no desempenho das nossas atividades. A obra que a maioria dos alunos elegeram como a favorita foi a do “Chafariz”, que, sem que eles soubessem o nome, surgiram diversas interpretações: planetas, diferenças, sombras, cores, alinhamento, etc.Fiz a exploração desta visita de estudos onde sugeri que a turma apresentasse a sua obra de arte, mas com uma exigência: não poderiam utilizar nenhum material como lápis de cor, tinta ou papel e que exercessem toda a criatividade. Esse trabalho será apresentado na exposição de trabalhos no encerramento do semestre, em dezembro, onde irei socializar com vocês neste espaço.
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