segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagem - Grupo 9

A mudança da Educação Básica frente à inclusão

O ministério da Educação implementa uma política de inclusão que pressupõe a
reestruturação do sistema educacional, com objetivo de tornar a escola um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os alunos, sem distinção social, cultural, étnica, de gênero ou em razão de deficiência e características pessoais.
A escola tradicional tem apresentado uma forte tendência homogeneizadora e seletiva com relação aos alunos que não se adaptam ao padrão estabelecido.
No paradigma da educação inclusiva, resultante do conceito de sociedade também inclusiva, os sistemas e instituições sociais são adaptados às necessidades de todas as pessoas e não o contrário, quando os indivíduos estão sujeitos a se adaptarem às exigências do sistema. Nesse processo, a formação de professores é fundamental para que a aprendizagem esteja centrada no potencial de cada aluno, de forma que uma incapacidade para andar, ouvir, enxergar ou déficit no desenvolvimento não sejam classificados como falta de competência para aprender e nem causa para que os alunos desistam da escolarização.
A atividade positiva da gestão da escola, o trabalho colaborativo desenvolvido por toda a equipe escolar, a parceria entre escola e família, a organização de recursos e a atenção às necessidades de cada aluno, formam uma estrutura básica escolar para melhorar a qualidade da educação, alterando o modo de como os alunos são tratados e avançando na compreensão de que as dificuldades de aprendizagem podem ser o resultado de um sistema acolhedor.
Numa perspectiva, o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, nos quais as escolas devem acolher todos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas e outras, representam à possibilidade de combater a exclusão e responder as especificidades dos alunos.
A Declaração de Salamanca, 1994, afirma que todas as crianças tem necessidades e aprendizagens únicas, que têm direito de ir à escola da sua comunidade, com acesso ao ensino regular, e que os sistemas educacionais devam implementar programas considerando à diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia centrada na criança.
A organização do sistema educacional orientada nos princípios da educação inclusiva possibilita quebrar o ciclo da exclusão, desafiar os preconceitos, dar visibilidade às pessoas com deficiência e oportunidade para que a escola construa seu próprio futuro.
Para eliminar as barreiras centradas nas atitudes é preciso desfazer a cultura da segregação, desmistificar a idéia de que a deficiência está associada à incapacidade.
As experiências de inclusão demonstram que no contexto escolar, as crianças aceitam as diferenças e aprendem a não discriminar.
Experiências educacionais têm demonstrado prática de violação dos direitos das crianças e adolescentes nas escolas, identificando a exclusão nas seguintes situações:
* Os educadores dizem que não estão preparados para receberem os alunos com necessidades educacionais especiais;
* As escolas não oferecem acessibilidade;
* As famílias desistem da escolarização de seus filhos, porque muitas escolas não aceitam crianças com deficiência;
* A escolarização com deficiência mental se mantém no âmbito da educação infantil;
* Os alunos abandonam as escolas que não correspondem as suas necessidades.
Paradoxalmente a esse processo, experiências positivas afirmam que muitas crianças são incluídas, com sucesso nas escolas de ensino regular, evidenciando o compromisso da gestão da escola na construção de um projeto pedagógico que contemple as diferenças e a organização de espaços para realização do atendimento educacional especializado. Esse cenário positivo de crianças e adolescentes bem sucedidos educacionalmente, reforça ainda mais a necessidade de efetivação da mudança estrutural na educação.
A transformação dos sistemas educacionais para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais significa uma mudança da gestão da educação que possibilita o acesso às classes comuns do ensino regular, a ampliação da oferta e do atendimento educacional especializado que propicia a eliminação de barreiras para acesso ao currículo, o desenvolvimento de programas para a formação de professores e adaptação arquitetônica dos prédios escolares para acessibilidade, também a organização de recursos técnicos e de serviços que promovam a acessibilidade pedagógica e nas comunicações aos alunos com necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
O processo de inclusão educacional exige mudanças nas práticas pedagógicas, no currículo e o rompimento com atitudes discriminatórias têm impedido o acesso de determinados alunos às classes comuns do ensino regular.
O projeto do MEC de implantação de Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas públicas tem como propósito apoiar os sistemas de ensino na oferta do atendimento educacional especializado de forma complementar ou suplementar ao processo de escolarização, conforme previsto no inciso V do artigo 8º da Resolução CNE/CEB nº. 2/2001.
Os avanços da educação inclusiva mostram que os sistemas educacionais estão em processo de transformação e já refletem uma visão que transpõe a concepção tradicional de ensino, alterando o paradigma da educação das pessoas com necessidades educacionais especiais.
A educação inclusiva melhora a qualidade do ensino para todos, atua como impulsionadora das mudanças nas práticas educacionais nas escolas, desafiando os professores a desenvolverem novas metodologias para a participação ativa que beneficie todos os alunos.
O conceito de inclusão reflete também, uma nova abordagem na elaboração das políticas públicas que reforçam a concepção de transversalidade da educação especial nos programas educacionais, assegurando assim, a acessibilidade dos alunos e a oportunidade de satisfação de suas necessidades educacionais especiais nos sistemas de ensino.
Integrar e estar no meio de; incluir é respeitar as diferenças.
A verdadeira inclusão é ensinar para todos e para cada um.
No dia 21 de setembro foi instituído legalmente dia de luta da pessoa com deficiência.

Referências Bibliográficas:
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Especial
Sala de Recursos Multifuncionais: Espaço para atendimento educacional especializado

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Fárida! Foram estes os trechos que achaste relevante no PA? Pergunto isso, porque aqui no blog seria interessante explicares ao leitor porque selecionaste este entre tantos outros escritos, ok? Tudo isso para que a gente possa "te ouvir" mais juntamente com as referências que trazes. Abraço, Anice.