terça-feira, 21 de setembro de 2010

Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação


Ao rever a interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, fica cada vez mais evidente que o espaço virtual é uma ferramenta indiscutivelmente indispensável nos dias de hoje. Através deste recurso a informação tende a ser mais rápida e na maioria das vezes é benéfica. Porém neste espaço virtual há pessoas mal intencionadas que se aproveitam do anonimato para humilhar colegas de escola que por não se adequarem aos padrões do grupo, fazem ofensas através da rede de relacionamento. Esse fenomeno é conhecido como Ciberbullying. Os agressores utilizam o espaço virtual para xingamentos e provocações permanentes, atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito nos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo. Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem. A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o agressor, o que aumenta a sensação de impotência. A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público. Geralmente há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a platéia. Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica



Analisando as idéias do historiador Philippe Áries, na Interdisciplina - Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica - de como se deu o surgimento histórico da figura do bebê, da infância, da juventude e da adolescência, que começa a configurar-se fundamentalmente a partir do século XVI. Philippe analisa com minuciosidade e paciência um amplo material histórico, comprovando que durante todo o século XVI a categoria de idade privilegiada é a juventude, período amplo e de limites imprecisos, da qual começa a desgarrar-se no século XVIII uma primeira infância: o bambino ou menino pequeno, espécie de brinquedo divertido e agradável para os membros das classes altas. No século XVIII infância e adolescência separam-se definitivamente, e já no século XIX o bebê aparece como nova figura.
Analisando a minha própria infância e juventude, e comparando-a com a infância e a juventude dos meus alunos, percebo diversas mudanças que ocorreram entre as gerações.
Uma das principais mudanças ocorridas foi na educação, onde a criança hoje tem mais liberdade de expressão, só que elas permanecem mais sozinhas, visto que a maioria das mulheres têm jornada dupla. A diferença passa pela condição social. As brincadeiras e brinquedos tiveram também uma grande mudança desde minha infância para cá, convivo com isso diariamente com meus alunos, eles não saber brincar de roda, jogar cinco Maria, apenas falam em novos jogos de vídeos games e em internet. Fazendo um linck com o tema do meu TCC "O retrato do Bullying e seus reflexos no contexto escolar," reporto-me a minha infância, onde tenho amargas lembranças de alguns colegas maldosos. Em razão do meu nome "Fárida" uma menina me apelidou de "ferida" e muitos riram. Eu não tinha coragem de desabafar nem com a professora e nem em casa. Pedia que parassem, então, escolheram me chamar de "farinha." Isso ocorreu durante dois anos, nunca tive coragem de contar para ninguém, e um dia minha mãe me trocou de escola porque meu rendimento vinha decaindo cada vez mais.

Ao ler os referenciais teóricos para meu TCC, descobri que fui uma das primeiras vítimas do Bullying no Brasil, já que as primeiros depoimentos e estudos acerca deste tema têm aproximadamente 40 anos. Hoje, a mídia está bastante focada neste problema, pois muitas vezes, esta situação não fica só na ofensa moral, parte também para agressões físicas.
As autoras Cléo Fante e Ana Beatriz Barbosa Silva produziram um excelente material de apoio ao professor, visto que, o Bullying ainda é um problema considerado novo e que precisa ser estudado para que possamos baní-lo não somente das escolas, mas também de toda a sociedade.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fundamentos da Alfabetização - Eixo 2


Retomando a interdisciplina Fundamentos da Alfabetização do Eixo II, sobre letramento e alfabetização, penso que o letramento acontece desde o momento do nascimento, sendo um processo contínuo. Já na fase escolar, a criança que apresenta o comportamento de Bullying, com certeza, além de prejudicar seu processo de alfabetização, prejudica também aos demais alunos da classe.

Há aproximadamente 40 anos atrás, na 1ª série, acredito que fui vítima de Bullying em razão do meu nome (Fárida). Logo nos primeiros dias de aula, os coleguinhas me apelidaram de "ferida." Eu implorava para eles parassem, mas eles riam e cada vez mais conseguiam adeptos para me perseguir. Lembro que eu tinha dor de barriga só de pensar em ir à escola. Que eu me lembre sofri calada até a 3ª série, quando meus pais me trocaram de escola porque a cada ano o meu desempenho ficava pior. Demorei mais para me alfabetizar pois me sentia diminuída e humilhada. Entendo perfeitamente quem é ou já foi vítima de Bullyng e sofre calada pois a pressão psicológica é tamanha que não conseguimos desabafar nem mesmo com a nossa família.

A alfabetização é um processo de construção, devendo ser vivenciada de forma tranqüila, prazerosa e harmônica. Segundo estudos, o Bullying aparece desde a mais tenra idade, sendo um agravante que poderá deixar seqüelas tanto no agressor quanto no agredido, interferindo negativamente na construção da aprendizagem dos envolvidos e dos que o cercam. Um caso típico, citado em artigo de Antônio Gois e Armando Pereira Filho para a Folha de São Paulo, é o de um menino de 4 anos que era tímido e falava pouco. Os coleguinhas e a própria professora “brincavam” dizendo que ele havia perdido a língua. Isso causou um bloqueio na fala e desenvolvimento da linguagem da criança. Por isso, devemos ficar atentos a tudo que ocorre em nossa sala de aula, pois este tipo de situação dificultará o processo de aprendizagem bem como poderá interferir também no emocional, que foi o meu caso.

domingo, 5 de setembro de 2010

Reflexão das minhas primeiras postagens




Relendo meus primeiros passos na Pead através das interdisciplinas - Escola, Projeto Pedagógico e Currículo e Seminário Integrador I - pude constatar que o currículo das escolas precisa ser flexível e adaptável a realidade da sua clientela. A comunidade escolar necessita estar preparada e atenta para situações atípicas e aberta ao diálogo, principalmente quando ocorrerem situações inesperadas como por exemplo o Bullying. O diálogo é fundamental nestas circunstâncias, bem como uma didática voltada para atender vítima e agressor. O Projeto da escola precisa contemplar atividades diversificadas, bem como a preocupação de inserir cada vez mais a família no contexto escolar, pois com essa parceria: Escola e Família, atingiremos mais facilmente o objetivo maior de todos que é a Educação.