segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Representação da energia elétrica


Após a saída de estudos na eletrosul, os alunos solicitaram a confecção das maquetes, onde os mesmos representariam toda a energia será distribuída para nossas casas. O trabalho realizado foi de grande importância para os alunos, pois nas maquetes ficaram as evidências das aprendizagens.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

"A máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada"

Segundo a leitura do texto, fica evidente que vivemos em uma sociedade que não esta preparada para conviver com determinadas situações, pois se as mesmas não estão dentro de certos padrões criados por nós mesmos já nos perturba, deixa-nos incomodados,isto refere-se a pessoas as quais necessitam de um olhar diferente dessa sociedade que julga-se padronizada.
No caso refiro-me as pessoas com deficiência auditivas, que enfrentam muitas dificuldades, principalmente no que diz respeito a comunicação que para os mesmos é realizada através de sinais.
O texto apresentado sugere duas vias de ações a comunidade surda, enquadrarem-se no sistema audista,com aceitação da sua incapacidade para exercer a plena cidadania ou ainda lutar contra esse sistema de inclusão, desafiando-o.
Penso que o ensino deveria estar voltado para a construção da autonomia do aluno. Devemos discutir e buscar novas propostas, novas ações pedagógicas, onde toda a comunidade surda, possa interagir, buscando sua identidade, deixando esse paradigma de incapacidade, mostrando seu real valor para essa sociedade que é tão desigual com os deficientes.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Projeto de Aprendizagem com os alunos

Descobri que o sobrinho do meu aluno sofreu um acidente doméstico com a eletricidade sofrendo queimaduras graves. O fato despertou a curiosidade dos demais alunos da turma que não entenderam como um fio poderia causar este tipo de ferimento e até levar à morte.
A partir deste acontecimento observei que eles tinham muitas dúvidas e curiosidades a respeito da eletricidade, então, dei início num P. A. com eles. Primeiramente fizemos o levantamento das dúvidas e das certezas, eis algumas das dúvidas:
Como a eletricidade pode se transformar em fogo?
Por que existem lâmpadas com luz branca e outras amareladas?
Por que quando temos um ferimento na mão levamos choque no registro do chuveiro?
Só leva choque quem está descalço?
A eletricidade que temos em casa é a mesma do relâmpago em dias de temporal?
A eletricidade só e perigosa para as crianças?
Por que algumas torneiras de metal dão choques e as de plástico nunca dão?
Qual aparelho elétrico consome mais energia?
Tem energia elétrica à vontade no País?
Existem pessoas que ainda vivem sem ela?

As certezas foram estas:
A energia é produzida pela água.
É impossível viver sem a energia.
Ela queima, dá choque e pode até matar.
Crianças sofrem muitos acidentes em tomadas e fios desencapados.
Ela é invisível.
A madeira e a borracha não deixam a gente levar choque.
Só o adulto pode mexer com a eletricidade.
A eletricidade é cara.
A eletricidade nos trás muito conforto.
Ela foi uma grande descoberta.

Forneci várias revistas e livros que falassem a este respeito e eles continuaram a pesquisa em casa. Conseguimos agendar uma visita de estudos na Eletrosul, onde os alunos assistiram ao vídeo explicativo e também uma palestra voltada para sua faixa etária. Também viram maquetes de casas com lâmpadas incandescentes e com lâmpadas fluorescentes para eles perceberem a economia que existe entre uma e outra. Eles tiraram muitas dúvidas e foram esclarecidos quanto ao perigo que eletricidade representa, bem como informados de algumas mudanças de hábitos que podem adotar para ajudar a família para economizar na conta de luz.
A visita durou a tarde toda e na saída cada aluno recebeu uma mochila e também um cofrinho para que, junto com seus pais guardem o dinheiro que eles provavelmente irão economizar nas próximas contas de luz se adotarem as dicas ali recebidas. Nos próximos dias iremos trabalhar com a conta de energia de cada aluno e em grupo eles irão representar através de maquetes suas aprendizagens.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Menino Selvagem

A história de Victor choca ainda mais por ser verídica, pois é difícil imaginar uma pessoa tentar matar o próprio filho sendo este portador de necessidades especiais e abandoná-lo numa floresta.
Acredito que esta família não teve estrutura psicológica nem tampouco sensibilidade e amor para com o próprio filho o que não se justifica o ato em hipótese alguma.
Esse menino sobreviveu do seu jeito, tendo ele o convívio apenas com animais, este imitava o gestos e o jeito dos mesmos, tornando-se de certa forma um “selvagem”. Sendo descoberto, foi caçado e levado a uma instituição que nada lhe ajudou, sendo lá hostilizado, tornando-se motivo de deboche e atração, tratado com um animal não domesticado.
O professor Itard foi um homem que com seus conhecimentos e sensibilidade obteve a guarda do menino, levando o mesmo para a sua casa na tentativa de sociabilizá-lo e educá-lo. Logo que o menino chegou a casa, o professor utilizou de métodos não tão adequados, como prêmio e castigo conforme as suas atitudes. Acredito que essa foi a forma que ele encontrou para poder conhecer e testar as suas reações.
Como esse fato ocorreu há muitos anos e não tinha um estudo nessa área, o professor agiu de boa fé e a partir das suas experiências e conhecimentos conseguiu muitos avanços através das atividades que ele propusera ao garoto. Ele pode verifica sem muito aprofundamento a parte intelectual e cognitiva, inclusive numa parte do filme o garoto foi castigado de forma incorreta, mas intencionalmente por parte do professor, neste momento o menino percebeu a injustiça e reagiu de forma agressiva, o que confirmou o que o professor esperava.
O menino além de estar demonstrando evolução na parte de conhecimentos, também estava demonstrando uma sensibilidade afetiva.
No final do filme perceber-se que o garoto entra em conflito, fugindo para o local onde viveu praticamente toda a sua infância. Ficando algum tempo no isolamento ele decide que o ambiente onde ele recebeu carinho, conforto, afeto e aprendizado eram o melhor para si.
A caminhada das pessoas especiais, particularmente dos surdos-mudos, vem se aperfeiçoando ao longo dos anos, pois sabemos que os mesmos viviam isolados, não tendo direito à educação e muitas vezes eram tratadas como “anormais”. Não tinham direitos nem objetivos a alcançar pois não lhe eram dadas oportunidades, visto que a própria educação muitas vezes era restrita somente a família.
Ficou evidente que em toda a trajetória do filme nos retratou toda a dificuldade que as pessoas especiais se submetem quando não são tratados adequadamente.
Atualmente alunos com necessidades especiais eram atendidos somente nas escolas especiais, juntamente com outros que tinham as mesmas deficiências. Hoje com a difusão da inclusão os mesmos têm direito ao convívio e o aprendizado com os “ditos normais”, o que faz acreditar que isso seja positivo para ambos.
No final do filme perceber-se que o garoto entra em conflito, fugindo para o local onde viveu praticamente toda a sua infância. Ficando algum tempo no isolamento ele decide que o ambiente onde ele recebeu carinho, conforto, afeto e aprendizado era o melhor para si.

domingo, 25 de outubro de 2009

Pedagogia de Projetos

Penso que a essência do projeto pode ser mantida tanto na Educação Infantil e nos Anos Iniciais, porém, alguns aspectos precisam ser adaptados, principalmente observando a faixa etária, o interesse dos alunos, bem como a adequação dos conteúdos curriculares estarem de acordo com a realidade dos mesmos. Ambos devem partir das experiências anteriores dos alunos, para a partir daí iniciar um trabalho que pode ser um problema ou um assunto da atualidade que desperte a atenção dos mesmos. Um projeto tanto na Educação Infantil quanto nas séries dos Anos Iniciais favorecem a aprendizagem a partir das características e limitações dos alunos, buscando a estrutura cognitiva, facilitando assim o estudo e a compreensão.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pensando no PA




Ao realizarmos a atividade do Seminário Integrador VII, percebemos o quanto crescemos

em aprendizagem sobre inclusão, a qual com certeza já estamos colocando em prática estes

conhecimentos, tanto em nossas vidas profissionais e pessoais.

Para nós do grupo 9 a verdadeira inclusão se dá:

* Acessibilidade por parte de toda a comunidade escolar;

* Recursos físicos e pedagógicos;

* Especialização de profissionais;

* Comprometimento da família;

* Cumprimento das leis;

* Adaptação do currículo;

* Apoio da mantenedora educacional;

Enfim, a inclusão se dá a partir do comprometimento de todos onde o educando tenha uma

participação ativa nesse processo.
"Integrar é estar no meio de; incluir é respeitar as diferenças."

"A verdadeira inclusão é ensinar para todos e para cada um."

"A inclusão escolar poderá ser realizada com responsabilidade e competência quando existir um
preparo no contexto escolar."

Autores desconhecidos

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Análise narrativa

Achei muito gratificante ter realizado esta interação com esta menina de 3 anos, pois relembrei a fase da infância de meus dois filhos, onde sempre contei histórias infantis aos mesmos e sempre me surpreendia com suas fantasias e imaginações.

Relato:
Narração de uma menina de três de idade:
“O bebê vai pro hospital e vai voltar novo pra brincar, o meu bebê só dorme e chora, faz xixi e coco, boto o bebê de castigo.”
Ao narrar à criança se diverte e reordena suas vivências, explorando suas situações rotineiras.
Observei que a história da menina foi curta e rápida, com um texto simples e poucos personagens. A história assemelha-se com a realidade, pois a mesma se colocou no lugar da boneca.
Nesta fase a criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.
Penso que a linguagem tem uma importância fundamental no desenvolvimento da criança, pois ela contribui para o desenvolvimento cognitivo e social.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagem - Grupo 9

A mudança da Educação Básica frente à inclusão

O ministério da Educação implementa uma política de inclusão que pressupõe a
reestruturação do sistema educacional, com objetivo de tornar a escola um espaço democrático que acolha e garanta a permanência de todos os alunos, sem distinção social, cultural, étnica, de gênero ou em razão de deficiência e características pessoais.
A escola tradicional tem apresentado uma forte tendência homogeneizadora e seletiva com relação aos alunos que não se adaptam ao padrão estabelecido.
No paradigma da educação inclusiva, resultante do conceito de sociedade também inclusiva, os sistemas e instituições sociais são adaptados às necessidades de todas as pessoas e não o contrário, quando os indivíduos estão sujeitos a se adaptarem às exigências do sistema. Nesse processo, a formação de professores é fundamental para que a aprendizagem esteja centrada no potencial de cada aluno, de forma que uma incapacidade para andar, ouvir, enxergar ou déficit no desenvolvimento não sejam classificados como falta de competência para aprender e nem causa para que os alunos desistam da escolarização.
A atividade positiva da gestão da escola, o trabalho colaborativo desenvolvido por toda a equipe escolar, a parceria entre escola e família, a organização de recursos e a atenção às necessidades de cada aluno, formam uma estrutura básica escolar para melhorar a qualidade da educação, alterando o modo de como os alunos são tratados e avançando na compreensão de que as dificuldades de aprendizagem podem ser o resultado de um sistema acolhedor.
Numa perspectiva, o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, nos quais as escolas devem acolher todos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas e outras, representam à possibilidade de combater a exclusão e responder as especificidades dos alunos.
A Declaração de Salamanca, 1994, afirma que todas as crianças tem necessidades e aprendizagens únicas, que têm direito de ir à escola da sua comunidade, com acesso ao ensino regular, e que os sistemas educacionais devam implementar programas considerando à diversidade humana e desenvolvendo uma pedagogia centrada na criança.
A organização do sistema educacional orientada nos princípios da educação inclusiva possibilita quebrar o ciclo da exclusão, desafiar os preconceitos, dar visibilidade às pessoas com deficiência e oportunidade para que a escola construa seu próprio futuro.
Para eliminar as barreiras centradas nas atitudes é preciso desfazer a cultura da segregação, desmistificar a idéia de que a deficiência está associada à incapacidade.
As experiências de inclusão demonstram que no contexto escolar, as crianças aceitam as diferenças e aprendem a não discriminar.
Experiências educacionais têm demonstrado prática de violação dos direitos das crianças e adolescentes nas escolas, identificando a exclusão nas seguintes situações:
* Os educadores dizem que não estão preparados para receberem os alunos com necessidades educacionais especiais;
* As escolas não oferecem acessibilidade;
* As famílias desistem da escolarização de seus filhos, porque muitas escolas não aceitam crianças com deficiência;
* A escolarização com deficiência mental se mantém no âmbito da educação infantil;
* Os alunos abandonam as escolas que não correspondem as suas necessidades.
Paradoxalmente a esse processo, experiências positivas afirmam que muitas crianças são incluídas, com sucesso nas escolas de ensino regular, evidenciando o compromisso da gestão da escola na construção de um projeto pedagógico que contemple as diferenças e a organização de espaços para realização do atendimento educacional especializado. Esse cenário positivo de crianças e adolescentes bem sucedidos educacionalmente, reforça ainda mais a necessidade de efetivação da mudança estrutural na educação.
A transformação dos sistemas educacionais para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais significa uma mudança da gestão da educação que possibilita o acesso às classes comuns do ensino regular, a ampliação da oferta e do atendimento educacional especializado que propicia a eliminação de barreiras para acesso ao currículo, o desenvolvimento de programas para a formação de professores e adaptação arquitetônica dos prédios escolares para acessibilidade, também a organização de recursos técnicos e de serviços que promovam a acessibilidade pedagógica e nas comunicações aos alunos com necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
O processo de inclusão educacional exige mudanças nas práticas pedagógicas, no currículo e o rompimento com atitudes discriminatórias têm impedido o acesso de determinados alunos às classes comuns do ensino regular.
O projeto do MEC de implantação de Salas de Recursos Multifuncionais nas escolas públicas tem como propósito apoiar os sistemas de ensino na oferta do atendimento educacional especializado de forma complementar ou suplementar ao processo de escolarização, conforme previsto no inciso V do artigo 8º da Resolução CNE/CEB nº. 2/2001.
Os avanços da educação inclusiva mostram que os sistemas educacionais estão em processo de transformação e já refletem uma visão que transpõe a concepção tradicional de ensino, alterando o paradigma da educação das pessoas com necessidades educacionais especiais.
A educação inclusiva melhora a qualidade do ensino para todos, atua como impulsionadora das mudanças nas práticas educacionais nas escolas, desafiando os professores a desenvolverem novas metodologias para a participação ativa que beneficie todos os alunos.
O conceito de inclusão reflete também, uma nova abordagem na elaboração das políticas públicas que reforçam a concepção de transversalidade da educação especial nos programas educacionais, assegurando assim, a acessibilidade dos alunos e a oportunidade de satisfação de suas necessidades educacionais especiais nos sistemas de ensino.
Integrar e estar no meio de; incluir é respeitar as diferenças.
A verdadeira inclusão é ensinar para todos e para cada um.
No dia 21 de setembro foi instituído legalmente dia de luta da pessoa com deficiência.

Referências Bibliográficas:
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Especial
Sala de Recursos Multifuncionais: Espaço para atendimento educacional especializado

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

“A LEITURA DO MUNDO PRECEDE A LEITURA DA PALAVRA”

Tenho uma prima que mora no interior do estado, ela nasceu surda em conseqüência da rubéola que sua mãe contraiu nos primeiros meses de gravidez. Os pais dela logo detectaram este problema e desde muito pequena ela foi estimulada a se comunicar através de sinais e a mesma sempre estudou em escolas especiais.
Tenho pouco contato com ela, a última vez que a encontrei tem mais de dois anos, mas sempre que “conversamos” é um alvoroço. Eu tento utilizar o alfabeto para me comunicar, enquanto ela se utiliza da língua de sinais, (a qual eu não consigo acompanhar pela agilidade nos movimentos) em todas as vezes que nos encontramos, sua filha faz o papel de intérprete, pois a menina é ouvinte.
Lembro que a mãe da minha prima surda dizia que sua filha apesar de ler e escrever, não conseguia entender as orientações por escrito, e justificava que o ouvinte entende a seqüência de palavras escritas porque tem uma cultura prévia oral, o que não era o caso dela, pois quem não ouve é apresentado ao português como um todo e não conhece a organização da língua.
Segundo a Professora Marilda Dutra, “Os conjuntos de palavras podem não fazer sentido na maneira como o aluno aprendeu a pensar. É como traduzir apenas as palavras de um texto em alemão ou chinês.”
Em uma das escolas na qual trabalho, tenho um aluno surdo, mas que não assumiu esta identidade, ele usa um aparelho e pouco utiliza da linguagem de sinais, ele faz leitura labial e a mãe disse que ele gosta de freqüentar ambientes com ouvintes e deixou de procurar os locais da comunidade surda por sua própria vontade,
Nos primeiros dias que trabalhei com este aluno, eu me esquecia e falava “de costas”, esquecendo-me que ele precisa ler meus lábios para me compreender. Sinto que este aluno, assim como os demais com esta delimitação, são muito observadores, aprendi com este aluno que ele necessitava ver, montar e perceber os conceitos de nodo concreto.
É claro que nem todos os surdos recebem estimulação auditiva e oral para poderem adquirir um desenvolvimento próximo dos padrões de normalidade. É muito claro que o domínio da linguagem oral permite a plena integração dele na sociedade, uma vez que essa é a forma oral de comunicação entre as pessoas.
Em educação não se pretende falar de ausências e de limitações, mas de novas possibilidades de construção não se trata apenas do que nós pensamos sobre os surdos, mas sim, do que os surdos pensam sobre si.
Penso que os surdos devem ter oportunidade de se desenvolverem lingüístico, cognitivo e afetivamente e socialmente dentro da sociedade e a escola tem papel decisivo nisto.

domingo, 20 de setembro de 2009

Letramento

Após realizar a leitura do texto de Kleiman, 2006, Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola, conclui que ainda nos deparamos com escolas onde os conteúdos pragmáticos e mínimos são a tônica, onde o professor exige do aluno respostas prontas que ele mesmo forneceu, desestimulando o senso crítico do aluno, fazendo com que o mesmo não saiba posicionar-se diante das situações que exijam autonomia. Existe uma gama de analfabetos funcionais que muitas vezes interessa a certa parcela da sociedade, pois ela é facilmente manipulável.
Desde a nossa primeira infância, temos o contato com o letramento através da nossa família e nos ambientes que nos relacionamos, quando chegamos a freqüentar o ambiente escolar, já possuímos uma série de conhecimentos que a escola deveria aproveitar como norte para novos saberes.
Uma parcela das instituições escolares se detém na transmissão de códigos sem preocupar-se com o letramento para a vida em sociedade. Embora esta prática venha de muitos anos, percebe-se que hoje, os educadores já estão se preocupando mais com a questão do letramento social, pois a nossa sociedade é muito competitiva e exige pessoas cada vez mais autônomas e participativas.

domingo, 13 de setembro de 2009

Minha Prática Pedagógica


Inicie minha prática pedagógica praticamente só com a vontade, pois embasamento teórico eu não tinha visto que a 26 anos atrás podia lecionar somente com o ensino médio (Auxiliar de administração).
Logo que cheguei na escola, foi me apresentado uma espécie de relatório( diário semanal), que eu precisava preencher com informações de como iria proceder com meus alunos e que na maioria das vezes ficava arquivado e eu não entendia a necessidade de tanto relatório, pois os mesmos já eram feitos mecanicamente e eu não via sentido naquele ato.
Hoje penso que o planejamento é um instrumento voltado para o processo de aprendizagem, servindo como um roteiro para as minhas ações pedagógicas.

Língua de sinais

Em uma das escolas na qual trabalho, tenho um aluno que usa aparelho auditivo porém, a mãe enfatizou que ele é surdo. Ela tenta balbuciar algumas palavras e faz leitura labial. Através da aula presencial de Libras, constatei que ele não se assume como “surdo”, pois ele estudava numa escola especial e ele veio para a minha escola por vontade própria. Ele deixa bem claro que prefere conviver com os ouvintes e não se interesse em se expressar através da língua de sinais.

sábado, 12 de setembro de 2009

Aula presencial


Dentre todas as aulas presenciais que já participei, a que mais me marcou até o momento foi a da Interdisciplina de Língua Brasileira de Sinais da Professora Carolina. Descobri que Língua de Sinais é originária da França e que ela difere um pouco de País para País.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Documentário Pro dia nascer feliz

A cena que me chamou a atenção é onde aparece o aluno Deivison Douglas, 16 anos, da 8ª série, pois tem muito haver com a clientela de alunos a qual eu trabalhos no turno da manhã. Apesar de muitos discriminarem esse tipo de aluno, eu vejo esta rebeldia que eles apresentam como forma de chamar a atenção e até como um tipo de carência que vai da afetiva até a material.
Com certeza, alunos com o comportamento como o do Deivison Douglas, entre os quais: a falta de limites, a agressão verbal e até física, a indiferença com o outro e a si próprio, fazendo parte do seu cotidiano, servindo assim de parâmetro para sua vida, tornando-se um problema de convivência dentro da escola e isso se reflete no aprendizado.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 22 diz: “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Contudo, na prática cotidiana, observa-se que a escola pública não tem cumprido sua função socializadora de preparar os jovens para o mercado de trabalho, tanto em relação à técnica ou disciplina, quanto como formadora do indivíduo em sua totalidade, de modo a desenvolver um pensamento crítico e autônomo em relação ao mundo (SOUZA, 2003, p. 42).
Isto ficou muito evidente no documentário, ele traz à tona questões muito abrangentes como: será que a escola, que está inserida no modelo capitalista, exploratório e promotor de desigualdades dará conta de atender as perspectivas dos jovens? Como fazer da escola um espaço disputado? Ela será uma porta para a no mercado de trabalho?
Esta é uma questão para se pensar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CONAE

No dia 19 de junho de 2009 (sexta-feira), participamos da etapa inicial do CONAE (Conferência Nacional da Educação), participaram os quatros segmentos (professores, pais, alunos e funcionários), onde foram analisados os 6 eixos que comtemplam as diferentes áreas da educação.Durante esta etapa foram eleitos os representantes dos quatro segmentos sendo que os mesmos irão defender as idéias da escola na Conferência, nos dias 26 e 27 de junho. 
É importante ressaltar que o CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Será organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.A importância política da CONAE para o País guarda relação, em suas origens, com a própria história de institucionalização do Ministério da Educação. Quando o Presidente da República sancionou, em 1937, a Lei nº 378, reorganizando o Ministério da Educação e Saúde Pública, também institui no mesmo ato, a Conferência Nacional de Educação.Fonte: portal.mec.gov.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Reflexões sobre desenvolvimento moral

Nos últimos anos, sobretudo neste ano, o que vem chamado à atenção de toda a sociedade são os casos de violência dentro das instituições de ensino, rara era a semana que não se tinha como capa de jornal um caso desse tipo. O que mais impressiona é que cada vez mais está atingindo crianças de menor idade, do ensino fundamental que é a minha área de atuação.
Fico imaginando se isso está ocorrendo com quem está freqüentando uma escola, pois estes deveriam estar mais preparados para o convívio social e menos propenso a se envolver em brigas, o que esperar então daqueles que estão nas ruas?
Penso que o problema está na educação básica que deveria ser passada pela família, mas o que se percebe, desde a educação infantil é que as crianças não têm nenhuma orientação quanto a limites e ao respeito com os colegas e com a própria professora. Por isso diante de qualquer contrariedade agem de forma desproporcional e atacam seus colegas com agressividade e violência sem medir conseqüências.
Na minha infância tínhamos nossas diferenças, mas resolvíamos através de discussões mais acirradas, sem ofensas pessoais, muito menos contato físico.
Em minha sala de aula, na 4ª série, ocorreu uma situação em que um colega foi alcançar a borracha a outro que sentava em outra fila e jogou o objeto acertando o rosto de outro. Este, instintivamente levantou e revidou aquilo que julgou ser uma provocação, sem nem ao menos tentar dialogar ou aceitar a interferência do professor.
Cada vez mais a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas, como acabei de citar. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inserido.
Acredito que nas escolas as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no PPP. Deveríamos sempre enfatizar este tema tão atual e preocupante para momentos de discussão e reflexão dentro das instituições de ensino, para que os educandos se percebam capacitados de agir como verdadeiros cidadãos que futuramente auxiliarão na transformação social.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Projeto "É preciso saber viver"

Ao iniciarmos o 2º trimestre, estamos desenvolvendo em nossa escola um novo projeto que tem como tema “É precioso saber viver”.
Quando começamos a desmembrar os sub-temas que poderíamos explorar, fiz um linck com o texto Educação após Auschwitz, para que pudéssemos reforçar a auto-estima do aluno, o respeito, à solidariedade, o amor ao próximo enfim, os valores que estão muito esquecidos entre as crianças e os jovens.
A leitura do texto me fez repensar a minha prática, pois apesar de já ter conhecimento dos fatos que envolveram Auschwitz, nunca havia pensado relacionando ao cotidiano escolar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os povos indígenas

Desde os anos de 1500, mais de 5 milhões de pessoas divididas em cerca de 900 povos culturalmente diferenciados, habitavam o nosso País. Nesta época, Portugal tinha menos de 1 milhão de habitantes. Hoje se calcula que a população indígena, no Brasil, seja de 700 milhões pertencentes a 225 povos, que falam 180 línguas diferentes. Desta população, em torno de 360. 320 vivem em territórios e os demais migraram para centros urbanos e ainda alguns pertencem a povos não contatados.
No Rio Grande do Sul, todo o território gaúcho era ocupado por povos indígenas. No inicio do século XVII, o atual estado do RS era constituído pela chamada “Província do Tape”, os índios eram os únicos habitantes, divididos em grupos que se espalhavam pelo território. Sendo assim, podemos dizer que o primeiro ciclo desocupou os campos e o segundo retirou os índios das matas. Estes dois, somados a ação sanguinária dos Bandeirantes Paulistas, à lei de terras de 1850 e os outros fatos históricos foram determinantes para o desaparecimento de muitos povos indígenas aqui radicados tradicionalmente.
É necessário termos a clareza de algumas generalizações que fazemos como “índios” ou “África”, pois são totalmente inadequados e geram preconceitos já que descaracterizam as identidades éticas e culturais, generalizações como estas, já mais representaram corretamente (nem imagem e nem cultura...). Os povos indígenas elevados a nações obtiveram certa autonomia no Brasil.
Hoje, podemos afirmar que os povos indígenas são sobreviventes do processo de colonização, já que foram quase totalmente dizimados, conclusão a que os números anteriormente citados nos fazem chegar.
Quando se pensa no índio estamos introduzindo a idéia de denominações. “Índio” é uma generalização, pois na verdade cada indivíduo assim denominado pertence a uma etnia, a qual tem sua identificação própria, tal como os povos, Guarani, Xavante, etc. O erro cometido por Colombo há mais de 500 anos – ao denominar os povos do Continente Americano de índios, julgando estar em terras asiáticas – persiste ainda nos dias atuais quando se faz referência aos povos nativos do Brasil.
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. A maioria delas não vive mais como antes da chegada dos portugueses, pois o, contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma análise do presente educacional: para que Auschwitz nunca mais aconteça!

Uma análise sobre a leitura dos textos indicados:
A Educação após Auschwitz (1995), Adorno afirma que “A exigência que
Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação” (p.119). Esse
acontecimento foi tão intenso que aparece como algo sobre o qual seria impossível não
se pensar, por isso, se coloca como o problema que exige ser pensado. Esse
acontecimento atacou seu pensamento e o mobilizou a responder a ele,
pois ele foi afetado por Auschwitz de
diversas formas: foi afastado de seu cargo de professor em Frankfurt; foi exilado de seu
país; teve seus amigos mortos; viu sua sociedade agir de modo devastador,
enfim presenciou a barbárie nua e crua e a viveu. Adorno está tão certo de que
Auschwitz foi e continua sendo um problema que afeta a todos, que dedicou parte de
sua obra para explicar, fundamentar, problematizar e, principalmente, não deixar que
esta discussão fosse apenas mais uma entre as discussões presentes no debate filosófico educacional.
Para ele, essa questão é de tamanha importância “De tal modo que ela
precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la” (1995,
p. 119). Adorno pensa que o problema de Auschwitz é evidente e afeta a todos, por isso,
deixa de ser um problema só seu e passa a ser um problema de todos, que precisa ser
pensado por todos um acontecimento problemático que afeta a todos os indivíduos porque trata das condições deste tempo e pede resolução. Adorno não se dispõe apenas a continuar
discutir sobre Auschwitz, mas o faz de tal modo que este seja o principal problema e o
centro da investigação em seu fazer filosófico sobre a educação.
Para ele, o processo educacional deveria ter como objetivo principal o trato a
esse problema para poder esclarecer-se e criar condições para que todos se esclareçam
acerca de como e por que a barbárie Auschwitz ocorreu e quais condições poderiam
fazer com que ela voltasse a ocorrer. A sociedade em geral e a educação em particular
não têm dado atenção ao tema como deveriam: “Não consigo entender como até hoje
[essa questão] mereceu tão pouca atenção” (ADORNO, 1995, p. 119).
O desprezo com que o problema da barbárie é tratado prova que
“a pouca consciência existente em relação a essa exigência e as questões que
ela levanta provam que a monstruosidade não calou fundo nas pessoas,
sintoma de persistência da possibilidade de que se repita no que depende do
estado de consciência e de inconsciência das pessoas” (ADORNO, 1995, p.
119).
Por isso, a discussão sobre as condições do presente educacional, social e psicológico
não pode ser abandonada. Não se pode esquecer o presente e o que ele pode produzir, se
não for pensado de modo esclarecedor. Pensar a própria atualidade deveria ser a
preocupação de todos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Método Clínico

Aplicamos a prova do método clínico com um aluno do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos. Foi de grande valia porque não tinha o conhecimento de tal prova e da eficácia da mesma. Ficou visível que a prova diagnostica o estágio em que a criança se encontra. Fiquei empolgada com a prova e predendo realizá-la com o aluno que estou fazendo o estudo de caso.

Método Clínico
Dados de Identificação:
Nome: L. G. S
Idade da criança: 7 anos
Série: 1ª série
Data da prova: 11/05/09
Duração: 25 minutos
Observadoras: Fárida Dias da Silva e Sandra Aparecida da Silveira Costa
Prova: A conversação da massa (quantidades contínuas)

2. Descrição do contexto da aplicação da prova (onde foi realizada a aplicação, condições do local, etc).
A prova realizou-se numa sala de aula da escola E.M.E. F Antonio Ramos da Rocha, foi utilizado um ambiente tranqüilo, onde o aluno ficou à vontade sentando-se num tapete no centro na sala, juntamente com ele ficaram apenas as duas professoras observadoras.



3. Relato da aplicação da prova (dialogado):
Antes da prova criamos um ambiente descontraído, fazendo com que o mesmo se sentisse acolhido e disposto a realizar a prova.
Iniciamos a prova mostrando-lhe as duas bolinhas de massinha de modelar de cores diferentes e lhe perguntamos:
As duas bolinhas possuem a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não, porque uma era um pouquinho mais gordinha que a outra.
Tornamos a questioná-lo quanto a quantidade.
Ele pegou as duas massinhas nas mãos e continuou afirmando que não tinha a mesma quantidade.
Após perguntamos ao aluno, se transformarmos uma das bolinhas em uma salsicha, terá mais ou será a mesma quantidade?
Ele respondeu:
-Não.
Transformamos então, uma das bolinhas em uma salsicha, o mesmo observou e nos perguntamos:
Tem a mesma quantidade nas duas?
Ele respondeu:
-Não, e argumentou que era mais magra que a outra.
Novamente perguntamos a ele:
E se transformarmos novamente a salsicha em uma bolinha terá a mesma quantidade que a outra bolinha?
Ele respondeu:
-Não, porque uma é um pouquinho mais gordinho que a outra.
Como o aluno não aceitava que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade de massa, precisou espichar as duas bolinhas em formatos de salsicha, sendo que o mesmo colocou uma ao lado da outra e verificou que assim tinham a mesma quantidade.





4. Análise:

4.1 - Quanto às condutas da criança - Impressões sobre as reações da criança frente à situação de prova (reações emocionais, reações de não-importismo, surgimento de crenças desencadeadas, espontâneas etc.)
Desde o inicio da prova o aluno mostrou-se firme em suas conclusões, demonstrando ser um aluno muito observador, pois no mínimo detalhe de uma das bolinhas aparentar um pouquinho mais redonda, foi o suficiente para que o mesmo afirmasse que as duas bolinhas não tinham a mesma quantidade.

- Análise das condutas cognitivas apresentadas pela criança, relacionando-as com a teoria de Piaget, no que diz respeito aos estádios de desenvolvimento.
Acreditamos que essa criança está no estágio de desenvolvimento, pré-operatório, onde possui algumas noções de tamanho. Relaciona formas com quantidades (para ele, a salsicha tinha maior quantidade de massa que a bola).
Observamos que se o objeto não tiver realmente o mesmo formato não consegue a assimilar relacionar a quantidade ao tamanho.

4.2 Quanto às intervenções do experimentador:
- Destacar e analisar as intervenções do experimentador indicando o tipo de intervenção (exploração, justificativa, contra-argumentação etc.) e justificar a sua utilização no contexto da aplicação da prova;
As experimentadoras tiveram que explorar muito o material utilizado para que o mesmo chegasse a conclusão (já no final da prova) que as duas bolinhas tinham a mesma quantidade. Foi preciso ele transformar as duas bolinhas em salsichas colocando uma ao lado da outra e concluir que se tratava da mesma quantidade de massa.





- Destacar as intervenções que possam ter levado a criança à crença sugerida (intervenções que sugerem uma determinada resposta, indução);
A intenverção utilizada para que o aluno se desse conta que se tratava da mesma quantidade de massa entre as duas bolinhas foi transformando as mesmas em forma de salsichas, no qual o aluno colocou-as paralelamente medindo-as minuciosamente para não ficar dúvida para si mesmo.



- Comentar a sua própria atuação (competência na utilização do método clínico) tendo como base a seguinte citação:
“O bom experimentador deve, efetivamente, reunir duas qualidades aparentemente incompatíveis: saber observar, deixar a criança falar, não desviar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria verdadeira ou falsa para controlar”. (PIAGET, J. A Representação do Mundo na Criança. Rio de Janeiro: Distribuidora Record, [s.d.].p. 11)
Para que a observação seja fiel ao desempenho do aluno, o mesmo precisa estar confiante e seguro nas suas conclusões, para que suas respostas possam demonstrar o real estágio em que o educando se encontra.
O observador por sua vez tem a função de ir orientando o aluno para que o mesmo consiga chegar as suas próprias conclusões informando maior número de dados para que o observador possa analisar o maior numero de dados, tornando assim a prova fiel.

domingo, 10 de maio de 2009

Estudo de caso

Realizando a atividade do Cantinho da Inclusão, pude perceber o quanto muito vezes não conhecemos os nossos alunos. A partir da pesquisa realizada sobre a vida do aluno C.G.R tive um maior contato com a mãe e descobri coisas que me darão um maior embasamento para atendê-lo de forma mais adequada ao seu tipo de necessidade. Embora conhecesse as dificuldades do aluno, posso relatar que esse trabalho me auxíliou a profundar o conhecimento dos comprometimentos que ele tem. Acredito que esse trabalho que já é feito pela orientadora, deveria ser partilhado com o professor titular da turma, pois muitas vezes estas informações ficam aquivadas para serem repassadas somente para os atendimentos especializados.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estágio Opertório Concreto

Através da aula V - Estágios de Desenvolvimento - da interdisciplina DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II - B, realizandoi minhas participações no fórum conclui que a fase operacional concreta é um estágio com tarefas mentais ligadas a objetos e a situações concretas, ou seja, o prático. Meus alunos encontram-se nessa fase. Procuro desenvolver com eles atividades que propiciam manipulação de objetos concretos, recursos visuais, experimentos científicos simples, classificação e agrupamento objetos, sempre elevando os níveis para se tornar mais complexos e também desafios que requeiram pensamento lógico e analítico. Segundo a teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo, as crianças no estágio das operações concretas conseguem pensar logicamente sobre situações tangíveis e demonstram a conservação, a reversibilidade, a classificação e a seriação. Evidencio que as fases não estão ligadas a idade cronológica das crianças

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sessão Pipoca


Como é de nosso costume nos reunirmos nos finais de semana para estudar, neste não foi diferente, porém mais divertido. Eu, a colega Cátia, a Verônica e a Sandra, assistimos juntas o filme "O Clube do Imperador".O Clube do Imperador transmite mensagens como a importância da ética e da honestidade, valores tão deixados de lado na sociedade atual, onde predomina o egoísmo e o egocentrismo.
O filme nos mostrou que a história de um bom educador se prolonga e se imortaliza nas muitas vidas por ele conduzidas no caminho da aprendizagem, salientando sabiamente que a demanda de alunos arrogantes sempre existirá, porém, a esperança na educação deve persistir. Assim fica o conselho de Aristófanes citado numa das cenas: "A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre."Segundo Paulo Freire, todos devem ter a consciência da importância da escola e do educador na formação de cidadãos conscientes de suas responsabilidades sociais. Na situação do professor Hundert, o fato de ter dado uma oportunidade a um aluno desacreditado e arrogante na esperança de uma mudança pode até parecer correta, porém se analisarmos a decisão implicou numa negligência de uma atitude ética, no momento em que nega ao verdadeiro vencedor, o seu prêmio.Nós como educadores, com certeza já tivemos em nossa sala de aula um aluno como Sedgewick Bell e nem sempre tomamos a atitude mais adequada, porém, sempre com a intenção de apostar neste aluno, pois e educação não serve para nada se não puder ser revertida em crescimento e desenvolvimento pessoal e coletivo.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mosaico


O trabalho foi desenvolvido em conjunto com as três turmas da 4ª série do ensino fundamental. Teve como ponto de partida a observação de um painel com imagens de crianças. Analisamos as imagens, discutimos semelhanças e diferenças. Concluímos que havia muitas crianças, no entanto ninguém é igual a outra que cada pessoa é única.
Após iniciamos o trabalho de observação individual, sendo que os alunos observaram suas imagens através de um espelho grande onde registraram suas descobertas. Num segundo momento comparavam sua imagem com a do colega onde um apontava a característica do outro.
No outro dia solicitamos que os alunos trouxessem algumas fotos deles e que conversassem em casa para descobrir de que etnia eles eram descendentes.
Através do diálogo eles perceberam como eram variadas as etnias da qual eles descendiam: italiano, português, alemão, brasileiro e africano.
Logo após, eles fizeram seu auto-retrato através de fotos e listaram suas características físicas. Observamos que eles notaram características que eles próprios nem notavam no seu dia-a-dia como: uma pinta no rosto, a sobrancelha grossa, os lábios finos, o tom da pele, a coloração dos olhos e o seu formato, o tamanho do nariz, o formato do rosto, o tipo do cabelo e sua cor, tamanho da orelha e formato dos dentes, etc.
Houve a constatação que de acordo com a sua etnia as suas características variam.
Juntamos todos os trabalhos e elaboramos um enorme painel que ficou enriquecido pela diversidade de etnias que tem em nossa escola.


domingo, 12 de abril de 2009

"Aprendizagem"


Penso no momento em que eu decidi voltar a estudar, outras portas se abriram para mim. Quando veio o desafio de ter que aprender a utilizar o PC para postagens e comunicação entre os colegas, confesso que foi muito apavorante.
Posso afirmar que aprendi muitas coisas novas e tenho a convicção que se eu não estivesse no PEAD eu até hoje continuaria uma ignorante no que diz respeito à tecnologia, pois eu não julgava necessário ter esse conhecimento, tampouco tinha interesse e até mesmo tinha aversão no manuseio do mesmo.
Logo no 1º semestre eu entrei em conflito, pois tive sérias dificuldades na construção de blogs, slides, pbwiki, etc. O meu único conhecimento prévio era um curso de datilografia que havia feito ainda na adolescência que me deu um pouco de embasamento sobre o teclado.
Precisei ir em busca de respostas, de formular minhas hipóteses, me apoiei nas tutoras, em grupo de estudos presencial (colegas do Pead) que ainda temos reuniões semanais.
O mais gratificante de tudo é que tudo isso vem em beneficio também dos meus alunos, pois hoje faço pesquisas para deixar minha aula mais interessante, utilizo os recursos do PC para organizar o material escrito deles (abandonei literalmente o mimeógrafo) e também já orientei alunos na sala de informática, quem diria!
Na época, as reflexões que me ocorriam eram do por que eu nunca havia me interessado em criar meu próprio e-mail, por que eu nunca dedicava algum tempo para me apropriar desta ferramenta que meus filhos menores de 10 anos lidavam com maior desenvoltura e sem medo.
“Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal.” Autor desconhecido

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Minha experiência com inclusão

Em 2008, tive um desafio que considero o de maior superação da minha carreira. Muito se fala e inclusão, mas pouco se faz. Tive esta experiência com um aluno surdo, ele usa um aparelho, mesmo assim, tem apenas vinte por cento de audição e compreende melhor através da leitura labial. Ele veio de uma escola também regular, porém de outro município, e a família fez questão que ele freqüente uma escola “normal”
A mãe desabafou comigo; “descobri que a maioria das escolas recusa-se a receber crianças que não se encaixam no seu critério de normalidade”. E eu pude constatar isso também na minha escola, pois apesar da maioria dos colegas defenderem a inclusão no discurso, a prática não é bem assim.
Realmente não é fácil, vivemos numa cultura preconceituosa, observei até por parte dos alunos na aceitação do colega, que num primeiro momento, ficaram curiosos, depois o isolaram e alguns, sentiram piedade. Não foi muito simples a adaptação, tanto da minha parte docente, quanto a do aluno.
Precisei vencer muitas barreiras, pois apesar de toda a experiência de 24 anos de sala de aula, nunca havia me deparado com uma situação desta. Acredito que nada acontece por acaso na vida, pois coincidentemente tenho uma sobrinha que tem a mesma necessidade especial e apesar de não conviver muito com ela, isso me ajudou bastante nos primeiros contatos que tive com o aluno.
Infelizmente a nossa formação profissional não nos qualifica para atender praticamente nenhum tipo de inclusão, e também não dispomos de profissionais nas escolas para nos dar esse apoio.
A educação requer a criação de um novo currículo que promova adaptações envolvendo objetivos, conteúdos, procedimentos didático-metodológicos e de avaliações que venham garantir a escola inclusiva, propiciando o avanço no processo de aprendizagem dos educados.
Para construir o conhecimento e a aprendizagem, é necessário que haja interação como outro, considerando a realidade que o rodeia, valorizando seu conhecimento prévio em busca de informações significativas e mais dinamizadas.
Atualmente, debate-se sobre uma proposta de educação escolar inclusiva, que se define por uma educação escolar, na mesma sala de aula, para todos os alunos, independentemente das diferenças que possam apresentar.
Os estudos indicam que a educação escolar inclusiva em Educação Infantil e Séries Iniciais são possíveis, porém num ambiente racionalmente estruturado que se considera pré-requisito para uma inclusão que quer ter sucesso.
Penso que a educação escolar inclusiva não pode ser pensada somente na colocação do aluno na sala de aula, mas se preocupar com que todos os alunos se envolvam entre si e com o professor. “A escola inclusiva deve ser a solução para as pessoas com necessidades educativas especiais, uma vez que a escola é a responsável por formar o cidadão “e a ele deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos” (Declaração de Salamanca, 1994).
Portanto a proposta pedagógica precisa buscar alternativas que possibilitem preparar estas pessoas para exercer sua cidadania com dignidade, bem como, “sua inserção no mercado de trabalho”.( Art.2º-LDBEN).
Finalmente, uma educação escolar inclusiva que quer ser positiva deve compreender a interação benéfica entre professores, pais, coordenação e colegas de aula, formando um conjunto preocupado com a educação escolar adequada para todos. Segundo Vygotski (1997), a relação com o outro implica desenvolvimento, sendo possível se dizer que a diversidade em educação escolar inclusiva enriquece, mas se ocorrer ação e relação entre as pessoas.
Posso afirmar que tanto a turma que trabalho quanto esse aluno que recebi saíram ganhando, pois está sendo uma experiência muito rica para todos, principalmente para mim que faço a mediação entre eles. “A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado.
O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. (Freire,1986,p.19).