sábado, 27 de novembro de 2010

Música na Escola - B


Sempre fui muito ligada à música, inclusive desde criança, minha mãe me contava que eu adorava dormir ouvindo suas canções de ninar. Por causa dessa minha preferência aos meus 6 anos meu pai, comprou uma vitrola portátil já usada que só tocava discos de vinil para eu poder escutar minhas canções prediletas, inclusive guardo como relíquia até hoje. Já na adolescência, fiz parte por vários anos da Banda Marcial Dom Feliciano, onde iniciei tocando pífaro e depois passei para a escaleta.. Já na minha fase adulta, continuou o gosto pela música, assim que lançaram o videokê, eu alugava nos finais de semana para cantar junto com a família e amigos.
Como não tenho o hábito de assistir televisão, meu hobby é ouvir música e sou bem eclética não tenho uma preferência musical. Tenho “coleções” de DVDs de clips que adoro assistir eles me acalmam e dão uma paz interior e algumas vezes até uma injeção de ânimo quando estou um pouco mais cansada. Penso que a música é universal, não conheço ninguém que não se identifique com ela. Eu inclusive tenho uma “memória auditiva” não sei se é esse bem o termo, pois para cada momento importante da minha vida, tem uma música que marcou; e quando escuto a “tal música” vem um flasch na minha mente daquela situação.
Ao trabalhar a pesquisa e entrevista sobre o meu tema do meu TCC “O Bullying e seus reflexos no processo de ensino-aprendigem,” ocorreu-me de escolher uma música que retratasse este tema. A eleita foi “O sal da Terra” de Beto Guedes. Além de poder trabalhar interdisciplinarmente a canção, foi muito contagiante todo este trabalho, pois indiscutivelmente a música mexe com nossos sentimentos. Eis a letra:

O Sal da Terra - Beto Guedes
Composição: Beto Guedes/Ronaldo Bastos


Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo nesse chão, da nossa casa
Bem que tá na hora de arrumar...

Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver...

A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da...

Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã

Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã...

Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Prá melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois...

Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DOCÊNCIA 06 A 10 ANOS - B



O Bullying e seus reflexos no processo de ensino-aprendizagem
O interesse por me aprofundar pela temática "Bullying" surgiu no final do meu estágio curricular através de um aluno do 3º ano que teve “Legg-Calve-Perthes,” uma doença rara degenerativa que atinge o quadril e acomete crianças entre 4 e 9 anos de idade. Ele precisou fazer diversas intervenções cirúrgicas na coxa para corrigir a deficiência. Mesmo assim, a perna direita ficou um pouco mais curta. Além disso, ele está um pouco acima do peso, o que foi motivo para “gracinhas” de alguns colegas.
Os “maldosos” só o incomodavam e o provocavam quando não havia nenhum adulto por perto. Isso ocorreu por alguns meses, até que um dia ele conseguiu “desabafar” com uma professora que o encontrou chorando no banheiro da escola. No seu desabafo incluía até mesmo seus próprios familiares, que o chamavam de “baleia” por ele não conseguir perder peso.
Além desta situação do meu estágio, também ocorreu um fato semelhante na turma da 5ª série onde leciono matemática e ciências no turno da tarde, em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental da grande Porto Alegre. Recebi um aluno no mês de abril deste ano que é filho de brasileira com japonês. Em razão da miscigenação tem os olhos verdes puxadinhos. Foi o suficiente para uma liderança da sala se salientar. O menino sofreu humilhação por conta de sua aparência e também por ser muito esforçado e dedicado aos estudos.
As observações preliminares me motivaram a pesquisar mais sobre este assunto em razão de perceber o quanto esta prática prejudica tanto o agredido quanto o agressor no processo de ensino-aprendizagem, bem como também no seu perfil psicológico e emocional, principalmente nesta fase que eles estão formando sua personalidade.
Com o intuito de aprofundar tal compreensão, foram coletados dados através de um questionário junto aos alunos das duas turmas da 5ª série de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental. Eles responderam a um questionário com questões de múltipla escolha e questões abertas. A pesquisa busca descrever os principais envolvidos (vitimados e seus responsáveis, perfil dos agressores e principais locais em que o bullying ocorre), bem como os problemas que este fato pode ocasionar, tornando-se um fator gerador de consequências importantes dentro e fora do contexto escolar.
Esta pesquisa analisou diversas bibliografias encontradas em livros, sites, registros sistemáticos da observação direta de alunos vitimados pelo Bullying, entre outras fontes.
A pesquisa junto aos sujeitos mencionados teve por objetivo:
-Verificar se existe a consciência do fenômeno Bullying.
-Caracterizar os sujeitos envolvidos no processo de Bullying.
-Identificar o papel da família na prática do Bullying.
-Refletir sobre o papel da instituição frente a essa problemática.
-Discutir as consequências que o Bullying pode acarretar nos sujeitos.
Também é preciso destacar que um estudo desta natureza permite analisar os efeitos no aprendizado escolar, tanto para quem comete como para as vítimas do Bullying. Muitas vezes, quando ocorre o Bullying, os profissionais da educação ficam indiferentes com esta situação e, como decorrência, esta violação moral ou física pode deixar sequelas graves para a vida da criança e do adolescente. É importante observar que tanto a escola quanto os pais são responsáveis pelas crianças, o que se conclui que não deverão ser omissos sobre este aspecto.
Por fim, cabe enfatizar que tal temática vem sendo amplamente estudada na área educacional por autores como: Adriana Pires Souza Cidade- Bullying Escola, uma realidade ainda desconhecida, Cléo Fante, Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz, Ana Beatriz B. Silva, Bullying: Mentes Perigosas nas escolas.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL - B


Através da leitura do texto de Marta Kohl de Oliveira “Jovens e adultos como sujeitos de conhecimentos e aprendizagem”, considero que a EJA requer um olhar diferenciado por se tratar de jovens e adultos que na maioria das vezes foram discriminados, excluídos da escola, do trabalho e da própria sociedade. Esses educandos tiveram uma ruptura em seus direitos no que se refere à educação escolar, muitos precisaram parar seus estudos por necessidades financeiras, pois a maioria veio de famílias que provinham da zona rural onde os pais já eram analfabetos e priorizavam o trabalho como fonte de sobrevivência, rompendo assim com a escola.
Através da EJA esses educandos possuem a chance de realizar-se profissionalmente e como indivíduo atuante capaz de interagir nas mais diversas áreas.
O educador precisa ter um olhar diferenciado com as especificidades nos ritmos individuais dos alunos da EJA, também deve planejar voltado para a expectativa de trabalho que a maioria dos alunos desta modalidade de ensino almeja. Acredito que o professor preciso ter um “perfil” que exige muita flexibilidade na sua atuação, deve planejar dando ênfase à auto-estima, promovendo autoconfiança já que são alunos que chegam cansados de uma rotina muitas vezes braçal.
Os alunos da EJA estão em busca do resgate da sua identidade e de sua autoconfiança. A linguagem do jovem que freqüenta a EJA está voltada para palavras do momento, chavões e gírias, já o adulto algumas vezes fala errado, o que gera vergonha e até discriminação o que pode comprometer a inclusão deste aluno. O pensamento do adulto algumas vezes está obsoleto, pois alguns objetivam apenas ler e escrever para se “defender”, mas na grande maioria está cheia de expectativas e sonhos que não foram atingidos ao longo da vida. Já o jovem está na fase dos conflitos, é muito intempestivo e volátil devido à própria idade.
Sem dúvida alguma trabalhar com a EJA exige por parte do professor uma troca de saberes e o professor deve valorizar cada etapa deste aprendizado e que este esteja em sintonia com seu aluno, demonstrando que acredita em seu potencial. Desenvolvi em um grupo trabalho a partir do texto: Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem de Marta Kohl de Oliveira, onde realizamos entrevistas com educadores e educadoras da EJA.

Metodologia: Saída de campo, educadores entrevistados, visitação a escola e tabela de respostas.
Obtivemos o seguinte resultados das entrevistas:

A- Características do aluno Jovem e Adulto
Assíduo e comprometido
Lentidão na realização das tarefas
Conciliar o horário de trabalho com o estudo
Contribui para a sua aprendizagem
Planejamento a partir das experiências dos alunos
Positivos em todas as etapas

B- Dificuldades em sala de aula
Resistência aos trabalhos em grupos
Custo do transporte escolar
Valorização da auto estima dos educandos.
Formação adequada dos educadores

C- Dificuldades no cotidiano
Expressão oral
Aceitação pela família e amigos
Influência no desempenho das atividades escolares
Incentivo aos estudos


D- Funcionamento cognitivo em relação aos grupos culturais
Sociável e responsável
Lentidão na realização das tarefas
Horário para estudos extra classe
Favorece seu desempenho cognitivo
Aceitação por parte dos familiares e amigos
Avanço no desempenho escolar

E- Elementos fundamentais para o sucesso na EJA
Cooperativo e sociável
Dificuldades de memorização e coordenação motora
Distância da escola em relação a sua residência
Contribui para o crescimento cognitivo
Incentivo aos educandos
Formação adequada dos educadores

F- Efeitos nos programas educativos na EJA
Expressão do vocabulário
Gasto com transporte e material escolar
Não favorece na construção da aprendizagem
Perseverança e estímulo dos familiares educadores
Qualificação no processo da EJA

Conclusão:
A partir das entrevistas realizadas com educadores da EJA, ficou evidente para o grupo 9 que trabalhar com estes jovens e adultos é muito gratificante para o educador, pois ocorre uma grande troca de experiências. Enfim, a EJA vem contribuindo de forma positiva tanto para os educadores quanto para os educandos.
A alfabetização de Jovens e Adultos proporciona aos educandos uma forma de independência e autonomia, tornando-os indivíduos capazes de interagirem de forma ativa, contribuindo para o seu crescimento e de todos que estão em seu entorno. Acreditamos que o professor da EJA deve ter um perfil que exige muita flexibilidade na sua atuação, deve planejar dando ênfase à auto-estima, promovendo autoconfiança e levando em consideração as vivências e rotinas de seus alunos.

Referências:
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.
GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.





sábado, 13 de novembro de 2010

Artes Visuais- B






Projeto de Aprendizagem em Artes Visuais

Durante nossas aulas da Interdisciplina Artes Visuais - B, percebi que nossos alunos não conheciam uma exposição de obras de arte. Aproveitei então a Bienal (2007) e propus uma visitação a um dos locais onde estavam sendo realizados a exposição das obras de alguns artistas. Nesse intuito, desenvolvi no último trimestre de 2007, um projeto para valorização e o conhecimento dos artistas possibilitando aos nossos alunos a reflexão sobre a mensagem transmitida através das obras, além da observação do material utilizado para a realização das mesmas.

Os principais objetivos eram:
Vivenciar a arte através da visitação a Bienal.
Conhecer os espaços culturais onde estão expostos as obras de arte.
Conhecer a vida do artista.
Identificar diferentes materiais utilizados nas obras.
Observar obras de arte.
Desenvolver a criatividade através das obras de arte.
Compreender a mensagem transmitida pelo artista.
Interagir com a obra do artista e sua criação.
O trabalho foi desenvolvido com alunos de quarta série, onde os mesmos possuem uma situação econômica de classe média baixa, com conhecimentos culturais favoráveis, participam de algumas atividades sociais tais como: CTG, Clube Esportivos, academias. A maioria possui uma base familiar sólida, com uma participação efetiva na vida escolar de seus filhos. Porém sem uma visão ampla para a arte.
Com o intuito de transmitir aos nossos alunos o prazer ao conhecer novas formas artísticas, propus esse projeto de arte, onde todos os alunos terão oportunidade de vivenciar, aprender e entender melhor a arte.
No primeiro momento explorei a palavra arte, seu significado pessoal e coletivo da turma. Fizemos também uma descrição do que é a Bienal, como a mesma acontece e o porquê.
Nesse projeto conhecemos um dos locais onde estava sendo realizada a Bienal. Elegemos o Espaço Cultural Santander, por ser mais acessível e pelas obras lá expostas. Fizemos um estudo detalhado sobre a vida e obra do artista Jorge Macchi, onde todas as descobertas foram discutidas com a turma, bem como o tipo de obra, materiais utilizados, comparação com outras artistas. Os alunos tiveram uma participação ativa nas pesquisas, lançando mão da internet, folder, jornais e revistas .
Após a realização detalhada do estudo sobre o artista Jorge Macchi, fizemos a visitação ao Espaço Cultural Santander.
Durante a visitação as crianças puderam esclarecer suas dúvidas com as monitoras e ficou visível o olhar encantado das mesmas.
Algumas atividades desenvolvidas no decorrer do projeto:
Produção textual sobre a visitação da Bienal.
Estudo da Biografia do artista Jorge Macchi.
Criação obras, utilizando a técnica do artista. (jornal)
Descrição das obras.
Reeleitura das obras do artista.
Exploração de materiais utilizados pelo artista.
Produção de obras de arte inspirados no artista Jorge Macchi.
A culminância se deu através de exposições de trabalhos artísticos produzidos pelos alunos, tendo como referência o artista Jorge Macchi sendo que o espaço foi aberto para visitação de toda a comunidade escolar. Foi um trabalho diferenciado que marcou muito todos os envolvidos, pois nenhum dos alunos tinha tido um contato tão próximo com as artes anteriormente.
Fiquei orgulhosa de ser a protagonista desta história e são estes momentos que me dão a convicção de ter acertado na escolha da minha profissão.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Didática, Planejamento e Avaliação- B


Entendo que avaliação é um processo gradual que ocorre diariamente e em todo momento podemos avaliar nosso aluno, não podemos perder de vista o fato de que cada aluno trabalha , elabora e reformula as informações recebidas de forma individual e progressiva.
Realizo as avaliações dos meus alunos considerando seus avanços, sua trajetória, tendo como objetivo de aperfeiçoar sua aprendizagem e não como forma de penalização.
Os critérios que utilizo para avaliar meu aluno vão desde a suas primeiras aprendizagens no trimestre, seus avanços, valorizando cada conquista que o mesmo realizou nesse longo percurso. Minha maior dificuldade está relacionada ao parecer descritivo, pois penso que muitas vezes os pais ou responsáveis não visualizam e não entendem o que realmente o parecer está demonstrando, por mais bem elaborado que ele seja, ainda assim percebo dúvidas nos pais, como quem diz "ele foi bem ou foi mal?"

Portanto acho muito complicado a interpretação destes pareceres. Após as avaliações sempre faço um questionamento sobre minha prática pedagógica e utilizo esses resultados como forma de buscar outros caminhos para atingir o maior número possível de alunos que atinjam os objetivos satisfatoriamente, partindo assim para um aperfeiçoamento de minha prática pedagógica, levando sempre em consideração os diferentes alunos que tenho.

Escola Inclusiva


No ano passado tive um desafio que considero o de maior superação da minha carreira. Muito se fala e inclusão, mas pouco se faz. Tive uma experiência com um aluno surdo, ele usava de um aparelho, mesmo assim, tinha apenas vinte por cento da audição e me compreendia melhor através da leitura labial. Esse aluno veio de uma escola também regular, porém de outro município, e a família fazia questão que ele frequentasse uma escola “normal.” A mãe desabafou comigo; “descobri que a maioria das escolas recusam-se a receber crianças que não se encaixam no seu critério de normalidade.”E eu pude constatar isso também na minha escola, pois apesar da maioria dos colegas defenderem a inclusão no discurso, a prática não é bem assim. Realmente não é fácil, vivemos numa cultura preconceituosa, observei até por parte dos alunos na aceitação do colega, que num primeiro momento, ficaram curiosos, depois o isolaram e alguns, sentiram piedade. Não foi muito simples a adaptação, tanto da minha parte docente, quanto a do aluno. Precisei vencer muitas barreiras, pois apesar de toda a experiência de 24 anos de sala de aula, nunca havia me deparado com uma situação desta.
Acredito que nada acontece por acaso na vida, pois coincidentemente tenho uma sobrinha que tem a mesma necessidade especial e apesar de não conviver muito com ela, isso me ajudou bastante nos primeiros contatos que tive com esse aluno.
Infelizmente a nossa formação profissional não nos qualifica para atender praticamente nenhum tipo de inclusão, e também não dispomos de profissionais nas escolas para nos dar esse apoio. A educação requer a criação de um novo currículo que promova adaptações envolvendo objetivos, conteúdos, procedimentos didático-metodológicos e de avaliações que venham garantir a escola inclusiva, propiciando o avanço no processo de aprendizagem dos educados.
Para construir o conhecimento e a aprendizagem, é necessário que haja interação como outro, considerando a realidade que o rodeia, valorizando seu conhecimento prévio em busca de informações significativas e mais dinamizadas.
Atualmente, debate-se sobre uma proposta de educação escolar inclusiva, que se define por uma educação escolar, na mesma sala de aula, para todos os alunos, independentemente das diferenças que possam apresentar. Os estudos indicam que a educação escolar inclusiva em Educação Infantil e Séries Iniciais são possíveis, porém num ambiente racionalmente estruturado que se considera pré-requisito para uma inclusão que quer ter sucesso. Penso que a educação escolar inclusiva não pode ser pensada somente na colocação do aluno na sala de aula, mas se preocupar com que todos os alunos se envolvam entre si e com o professor.
“A escola inclusiva deve ser a solução para as pessoas com necessidades educativas especiais, uma vez que a escola é a responsável por formar o cidadão “e a ele deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimentos” (Declaração de Salamanca, 1994). Portanto a proposta pedagógica precisa buscar alternativas que possibilitem preparar estas pessoas para exercer sua cidadania com dignidade, bem como, “sua inserção no mercado de trabalho”.( Art.2º-LDBEN)
Finalmente, uma educação escolar inclusiva que quer ser positiva deve compreender a interação benéfica entre professores, pais, coordenação e colegas de aula, formando um conjunto preocupado com a educação escolar adequada para todos. Segundo Vygotski (1997), a relação com o outro implica desenvolvimento, sendo possível se dizer que a diversidade em educação escolar inclusiva enriquece, mas se ocorrer ação e relação entre as pessoas. Posso afirmar que tanto a turma que trabalhei quanto esse aluno que recebi saíram ganhando, pois foi uma experiência muito rica para todos, principalmente para mim que faço a mediação entre eles e pude aplicar meus conhecimentos aquiridos no PEAD.
“A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado. O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. ( Freire, 1986, p. 19).





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Seminário Integrador V


Através do seminário Integrador V, recebemos a tarefa de respondermos algumas questões, entre elas destaco: “A escola como instituição pública, sua organização e gestão.” O conceito de Gestão Democrática está ligado ao exercício pleno da cidadania, no espaço público escolar, que inclui o conjunto dos fazeres pertinentes, possibilitando a cada cidadão, individual ou coletivamente, atuar na produção das políticas educacionais e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. É na busca por esta “gestão democrática” que eu me incluo, exigindo transparência e qualidade nas questões pedagógicas e administrativas da escola. As palavras de Paulo Freire, resumem:
“A educação deve ser integradora, integrando os estudantes e os professores numa criação e recriação do conhecimento comumente partilhado. O conhecimento, atualmente, é produzido longe das salas de aula, por pesquisadores, acadêmicos, escritores de livros didáticos e comissões oficiais de currículo, mas não é criado e recriado pelos estudantes e pelos professores nas salas de aula”. ( Freire, 1986, p. 19).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Representação do Mundo pela Matemática


Sou apaixonada pela matemática e através da interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática, cada vez mais acredito que a aprendizagem está intimamente relacionada à ação do sujeito através da exploração de objetos, físicos ou do pensamento, onde o aluno tem a oportunidade de identificar as características dos objetos e as características das ações sobre esses objetos. ”As ações do sujeito, abordando conceitos de diversas formas, possibilitam a generalização e a construção de conceito. Para que isso ocorra, é cada vez mais necessário dar oportunidade aos nossos alunos de experimentar através de pesquisas, de formulações de hipóteses, além da estimulação da autonomia na resolução das tarefas. Esta posição afasta-se drasticamente da matemática dos macetes e dos vestibulares, valorizando a matemática como expressão fundamental do saber pensar..." Trechos extraídos das páginas 89 e 90 do livro de DEMO, Pedro. Leitores para sempre. Editora Mediação, Porto Alegre – 2006.
No desenvolvimento do meu TCC, propus uma entrevista com os alunos e com as mães de dois alunos que comprovadamente foram vitimizados pelo bullying. Como leciono matemática, tabulei juntamente com os alunos o resultado da pesquisa. Para esta tarefa, eles precisaram aplicar os conhecimentos sobre porcentagem. Eis agora, parte da tabulação:
Constatamos que 52% já presenciaram alguma situação de bullying, enquanto 45 % afirmou que não e 3% não quiseram responder. Quando foi questionado se já haviam sido vítima do bullying, 49% disseram Sim e 42% Não, 9% não quiseram responder. Quanto ao local de maior incidência do bullying, 9% referiram-se que ocorria na entrada da escola, 13% afirmou que ocorria nos corredores, 6% relatou que ocorria durante a prática de esporte, 4% na sala de aula sem o professor, 2% sala com o professor, 5% no banheiro, 2%, no refeitório, 19% na hora da saída, 17% no recreio e por fim, 23% relatou que presenciava na rua.

O interessante desse tipo de atividade é que o educando percebe a importância e a aplicação de seus conhecimentos, já que muitas vezes ouvimos dos alunos que na matemática se aprende muito conteúdo que não são utilizados cotidianamente
.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Representação do Mundo pelos Estudos Sociais


Na interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais, revi a minha linha do tempo e me transportei a algumas lembranças, umas alegres, outras nem tanto, mas que fazem parte da minha história...
Percebi que não mencionei uma questão que me marcou muito na infância: os apelidos ofensivos e maldosos. Através do meu TCC, descobri que estas brincadeiras não tinham nada de inocentes pois se tratavam de Bullying.
A escritora Nélida Piñon, em seu livro Aprendiz de Homero, fala com modéstia que, apesar de não ser mestre, acredita na educação e no educador:
"Educar é defender o exercício e a prática que transformam o sujeito passivo em sujeito da própria história. É dar fé a quem esteja na sala de aula de ser uma entidade inviolável, uma aposta de futuro. Educar é prender o aluno à escola, empenhar todos os recursos para evitar a evasão escolar, a fuga da vida. É despertar nele o desejo de vir a ser um projeto existencial magnífico, sem brechas, fissuras. Pois quem senão o mestre, tem habilidade de chegar mais perto e rapidamente ao coração do jovem que recém deixou as paredes da casa?"
Os professores precisam estar atentos para perceber quando algum aluno pode estar pedindo ajuda: isolamento do convívio social, faltas constantes e sem justificativas, queda no rendimento escolar entre outros. Por isso o papel da escola em proporcionar formação continuada para que os profissionais da educação possam intervir não apenas no problema já constatado, mas sim na prevenção do mesmo.



Penso que o professor tem um papel fundamental para minimizar este tipo de intimidação, por isso, ser educadora é estar disposta a ouvir os alunos, realizar as devidas intervenções sendo mediadora nesse processo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Escola, Cultura e Sociedade


Na interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade pude conhecer e refletir sobre autores Marx e Engels que sem dúvida influenciaram nas teorias que hoje regem as leis educacionais e profissionais. Ao realizar as pesquisas e leituras sobre Marx e Engels, o ideal de escola, ou “a escola do futuro” deveria ensinar não apenas ciências exatas, filosofia e sociologia, mas uma escola que considerasse o homem com suas histórias pessoais, culturais, religiosas... Enfïm, que considerasse o homem como sujeito e, com isso, o jovem cidadão do futuro passaria a ser “senhor de si mesmo”.Segundo eles, a escola deve exercer sobre as crianças, jovens adultos, o papel de ensinar a serem livres pensadores e terem liberdade para expressarem suas idéias. Segundo Durkheim “A sociedade encontra-se, a cada nova geração, na presença de uma tábua rasa sobre a qual é necessário contribuir novamente.” Os professores como parte responsável pelo desenvolvimento dos indivíduos, têm um papel determinante e delicado: devem transmitir os conhecimentos adquiridos com cuidado para não tirar a autonomia de pensamento dos educandos.
Tenho como filosofia de trabalho uma das frases de Durkheim, o criador da Sociologia da Educação “A principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social.” E essa foi a razão pela qual escolhi o Tema "Bullying" para o meu trabalho de conclusão. Esse fenômeno é relativamente novo necessitando portanto de estudos para melhor entendimento e possiveis intervenções dos profissionais da educação para minimizar e por que não erradicar esse problema tão atual e pouco estudado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação


Ao rever a interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, fica cada vez mais evidente que o espaço virtual é uma ferramenta indiscutivelmente indispensável nos dias de hoje. Através deste recurso a informação tende a ser mais rápida e na maioria das vezes é benéfica. Porém neste espaço virtual há pessoas mal intencionadas que se aproveitam do anonimato para humilhar colegas de escola que por não se adequarem aos padrões do grupo, fazem ofensas através da rede de relacionamento. Esse fenomeno é conhecido como Ciberbullying. Os agressores utilizam o espaço virtual para xingamentos e provocações permanentes, atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito nos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo. Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular - e muitas vezes se expõem mais do que devem. A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o agressor, o que aumenta a sensação de impotência. A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público. Geralmente há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a platéia. Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum. Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência. Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica



Analisando as idéias do historiador Philippe Áries, na Interdisciplina - Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica - de como se deu o surgimento histórico da figura do bebê, da infância, da juventude e da adolescência, que começa a configurar-se fundamentalmente a partir do século XVI. Philippe analisa com minuciosidade e paciência um amplo material histórico, comprovando que durante todo o século XVI a categoria de idade privilegiada é a juventude, período amplo e de limites imprecisos, da qual começa a desgarrar-se no século XVIII uma primeira infância: o bambino ou menino pequeno, espécie de brinquedo divertido e agradável para os membros das classes altas. No século XVIII infância e adolescência separam-se definitivamente, e já no século XIX o bebê aparece como nova figura.
Analisando a minha própria infância e juventude, e comparando-a com a infância e a juventude dos meus alunos, percebo diversas mudanças que ocorreram entre as gerações.
Uma das principais mudanças ocorridas foi na educação, onde a criança hoje tem mais liberdade de expressão, só que elas permanecem mais sozinhas, visto que a maioria das mulheres têm jornada dupla. A diferença passa pela condição social. As brincadeiras e brinquedos tiveram também uma grande mudança desde minha infância para cá, convivo com isso diariamente com meus alunos, eles não saber brincar de roda, jogar cinco Maria, apenas falam em novos jogos de vídeos games e em internet. Fazendo um linck com o tema do meu TCC "O retrato do Bullying e seus reflexos no contexto escolar," reporto-me a minha infância, onde tenho amargas lembranças de alguns colegas maldosos. Em razão do meu nome "Fárida" uma menina me apelidou de "ferida" e muitos riram. Eu não tinha coragem de desabafar nem com a professora e nem em casa. Pedia que parassem, então, escolheram me chamar de "farinha." Isso ocorreu durante dois anos, nunca tive coragem de contar para ninguém, e um dia minha mãe me trocou de escola porque meu rendimento vinha decaindo cada vez mais.

Ao ler os referenciais teóricos para meu TCC, descobri que fui uma das primeiras vítimas do Bullying no Brasil, já que as primeiros depoimentos e estudos acerca deste tema têm aproximadamente 40 anos. Hoje, a mídia está bastante focada neste problema, pois muitas vezes, esta situação não fica só na ofensa moral, parte também para agressões físicas.
As autoras Cléo Fante e Ana Beatriz Barbosa Silva produziram um excelente material de apoio ao professor, visto que, o Bullying ainda é um problema considerado novo e que precisa ser estudado para que possamos baní-lo não somente das escolas, mas também de toda a sociedade.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fundamentos da Alfabetização - Eixo 2


Retomando a interdisciplina Fundamentos da Alfabetização do Eixo II, sobre letramento e alfabetização, penso que o letramento acontece desde o momento do nascimento, sendo um processo contínuo. Já na fase escolar, a criança que apresenta o comportamento de Bullying, com certeza, além de prejudicar seu processo de alfabetização, prejudica também aos demais alunos da classe.

Há aproximadamente 40 anos atrás, na 1ª série, acredito que fui vítima de Bullying em razão do meu nome (Fárida). Logo nos primeiros dias de aula, os coleguinhas me apelidaram de "ferida." Eu implorava para eles parassem, mas eles riam e cada vez mais conseguiam adeptos para me perseguir. Lembro que eu tinha dor de barriga só de pensar em ir à escola. Que eu me lembre sofri calada até a 3ª série, quando meus pais me trocaram de escola porque a cada ano o meu desempenho ficava pior. Demorei mais para me alfabetizar pois me sentia diminuída e humilhada. Entendo perfeitamente quem é ou já foi vítima de Bullyng e sofre calada pois a pressão psicológica é tamanha que não conseguimos desabafar nem mesmo com a nossa família.

A alfabetização é um processo de construção, devendo ser vivenciada de forma tranqüila, prazerosa e harmônica. Segundo estudos, o Bullying aparece desde a mais tenra idade, sendo um agravante que poderá deixar seqüelas tanto no agressor quanto no agredido, interferindo negativamente na construção da aprendizagem dos envolvidos e dos que o cercam. Um caso típico, citado em artigo de Antônio Gois e Armando Pereira Filho para a Folha de São Paulo, é o de um menino de 4 anos que era tímido e falava pouco. Os coleguinhas e a própria professora “brincavam” dizendo que ele havia perdido a língua. Isso causou um bloqueio na fala e desenvolvimento da linguagem da criança. Por isso, devemos ficar atentos a tudo que ocorre em nossa sala de aula, pois este tipo de situação dificultará o processo de aprendizagem bem como poderá interferir também no emocional, que foi o meu caso.

domingo, 5 de setembro de 2010

Reflexão das minhas primeiras postagens




Relendo meus primeiros passos na Pead através das interdisciplinas - Escola, Projeto Pedagógico e Currículo e Seminário Integrador I - pude constatar que o currículo das escolas precisa ser flexível e adaptável a realidade da sua clientela. A comunidade escolar necessita estar preparada e atenta para situações atípicas e aberta ao diálogo, principalmente quando ocorrerem situações inesperadas como por exemplo o Bullying. O diálogo é fundamental nestas circunstâncias, bem como uma didática voltada para atender vítima e agressor. O Projeto da escola precisa contemplar atividades diversificadas, bem como a preocupação de inserir cada vez mais a família no contexto escolar, pois com essa parceria: Escola e Família, atingiremos mais facilmente o objetivo maior de todos que é a Educação.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Iniciando o TCC

Escolhi o tema Bullying pois tenho um aluno do 3º ano (a qual realizei o meu estágio curricular) que teve “Legg-Calve-Perthes,” uma doença rara degenerativa que atinge o quadril e acomete crianças entre 4 e 9 anos de idade. Ele precisou fazer diversas intervenções cirúrgicas na perna para corrigir a deficiência, mesmo assim, a perna direita ficou um pouco mais curta. Além disso, ele está um pouco acima do peso, o que foi motivo para “gracinhas” de alguns colegas. Os “maldosos” só o incomodavam e o provocavam quando não havia nenhum adulto por perto. Isso ocorreu por alguns meses, até que um dia ele conseguiu “desabafar” com uma professora que o encontrou chorando no banheiro da escola. No seu desabafo incluía até mesmo seus próprios familiares, que o chamavam de “baleia” por ele não conseguir perder peso.

Além desta situação do meu estágio, também tem outra que ocorreu na minha 5ª série onde leciono matemática e ciências. Recebi um aluno novo no mês de abril deste ano. Ele é filho de brasileira com japonês, tem os olhos verdes puxadinhos. Foi o suficiente para a liderança negativa da sala se salientar. O menino sofreu humilhação por conta de sua aparência e também por ser muito esforçado e dedicado aos estudos.

Isso tudo me motivou a pesquisar mais sobre este assunto, em razão disso pretendo desenvolver o meu TCC sobre os reflexos do bullying no processo ensino aprendizagem. Estou pesquisando alguns livros sobre este tema para poder me aprofundar e embasar meu TCC.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Atividades desenvolvidas durante o estágio

Durante o meu estágio curricular procurei trabalhar com experiências, receitas, relatórios, pesquisas e apresentações. Evidenciei que os alunos apresentaram uma postura de independência e autonomia em relação às atividades propostas, ficando claro que os mesmos expressavam suas certezas, bem como buscavam sanar suas dúvidas.
Constatei que trabalhar através do interesse dos alunos e com ênfase a ludicidade, a aprendizagem ocorre de maneira mais prazerosa e significativa. Para Maria Montessori (1987), seguindo os passos de Froebel, o pedagogo da infância, consentia grande importância à existência dos jogos em sala de aula como forma de estimular habilidades infantis. Piaget também foi um notável estudioso do desenvolvimento infantil, reconheceu a importância dos jogos na aprendizagem infantil e sobre esta questão escreveu:
O jogo é sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria. Os métodos ativos de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais ( Piaget 1976, p.160). Na minha sala sempre privilegiei o uso de material concreto na matemática, onde o ábaco e o material dourado serviram de suporte para a abstração. Já nas dificuldades ortográficas, construímos juntos diversos jogos pedagógicos como bingo ortográfico, jogo da memória e o dominó. Acredito que a criança precisa estar sempre motivada para ter interesse em participar das aulas e estas atividades fazem com que elas construam o seu conhecimento de maneira natural e agradável.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa do Mundo

Nesta semana direcionei as atividades para o assunto do momento: "Copa do Mundo," naturalmente os meninos são mais interessados pelo assunto, bem como têm mais conhecimento do tema "futebol." Para ampliar os conhecimentos de todos de forma interdisciplinar e lúdica, aproveitei as vivências e as figurinhas dos alunos fazendo várias perguntas relacionadas com a Copa do Mundo de 2010. Depois de alguns relatos, levei o mapa-mundi para poder situá-los e eles confeccionaram o mapa da África, onde cada um pintou um jogador representando a seleção da nossa turma. Pedi que eles pesquisassem as gírias do futebol como um trabalho extracurricular, juntos obtivemos várias descobertas,pois alguns termos eu própria desconhecia, como: cartola, gandula, entre outros.Esta atividade mobilizou inclusive os pais que com seus conhecimentos contribuiram para o aprendizado coletivo.
Paulo Freire já nos ensinava: "o professor é um coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos."

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Avaliação

Nesta semana precisei concluir as avaliações dos alunos. Eu não tenho o hábito de marcar dia de prova, (realizo trabalhos diariamente e recolho alguns para observar o crescimento e as dificuldades que precisam ser sanadas) e me espantei quando comecei a receber bilhetes de familiares perguntando que dia eu iria marcar as provas para os filhos estudarem em casa. Infelizmente alguns pais ainda têm a concepção de que se “decora” para se mostrar em apenas um dia o que se estudou. Respondi que já tinha material suficiente para avaliação deles, sendo que a mesma é diária.
Fazendo uma rápida avaliação, é possível perceber o crescimento cognitivo que eles tiveram desde março, além de ser visível a mudança de comportamento que alguns apresentaram, evidenciando ainda mais o aprendizado. Sob a ótica de Sant’Anna avaliação é:
Um processo pelo qual se procura identificar, aferir,investigar e analisar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental)ou prático. (SANT’ANNA, 1998, p.29, 30).
Acredito que através do trabalho que desempenho, procuro dar embasamento e condições para que o aluno construa e amplie seu aprendizado, respeitando o seu ritmo e seu tempo, avaliando-os de acordo com as suas possibilidades e respeitando suas limitações, até porque tenho alunos com necessidades educativas especiais.

domingo, 6 de junho de 2010

Planejamento

Na semana que passou, fomos convidados para ir ao teatro do Sesc, assistir a peça teatral “História de chorar” que tinha como foco a escassez de água no nordeste. Esta atividade estava fora do meu planejamento, porém, o assunto da peça veio de encontro o projeto “Como cuido do mundo?” que estou desenvolvendo com a turma. Precisei rever meu planejamento, lembrei-me então da síntese do livro: Didática, de José Carlos Libâneo, Editora Cortez, 1994, pág. 263. “O planejamento do trabalho docente é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação do professor, tendo as seguintes funções: explicar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho; expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político, pedagógico e profissional das ações do professor; assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho; prever objetivos, conteúdos e métodos; assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente; atualizar constantemente o conteúdo do plano; facilitar a preparação das aulas. Tem-se que entender o plano como um guia de orientação devendo este possuir uma ordem seqüencial, objetividade e coerência entre os objetivos gerais e específicos, sendo também flexível.”
Acredito que o planejamento nos dá um norte na nossa ação pedagógica, porém temos que ter clareza que situações adversas podem surgir e que precisamos estar atentas para não ficarmos alheias a elas. Precisamos sempre que necessário, adaptá-las ao nosso planejamento de forma a contemplar o que não estava previsto, mas que também é relevante.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Apreciação do Estágio






Durante esta semana exploramos os alimentos, fizemos a pesquisa na internet e alguns descobriram o "triângulo dos alimentos"(como alguns chamaram), na verdade é a pirâmide alimentar. Eles montaram a mesma no caderno e se espantaram com a quantidade de alimentos que precisamos comer para que não nos falte nenhuma vitamina.
A cada dia lanço o desafio de quem vai aderir ao lanche saudável e já estou obtendo resultados, pois estão trazendo frutas, sucos e até pão caseiro para lanchar. Contei-lhes o ditado popular: “café da manhã deve ser como um rei, almoço igual a de um príncipe e jantar como um mendigo.” Para minha surpresa descobri que a maioria não tem costume de tomar café e que sai de casa totalmente em jejum. Pedi que eles comunicassem em casa este “ditado popular” para refletirem certos hábitos.
O que não me surpreendeu tanto é que os alimentos do topo da pirâmide, são os que eles têm consumido em maior quantidade: doces, salgadinhos, frituras e refrigerantes.
Na sexta-feira preparamos um suco de laranja e folhas de couve para eles verem como não é difícil nem tampouco ruim se alimentar com qualidade.
Estudando os animais, escutamos um CD de música de com sons de bichos e assistimos ao vídeo http://www.topgameskids.com.br/video-view/138-cocoricoa+metamorfose+da+borboleta.html sobre as borboletas. Sendo que eu mesma aprendi várias coisas sobre a metamorfose que eu desconhecia. No paint, eles tentaram desenhar a borboleta adulta e no caderno além dela também fizeram a lagarta.
Na parte da tecnologia eles chegaram a conclusão que em casa com o mouse é muito mais fácil realizar o desenho, no notebook precisa ter mais “prática” e treino para dominar o risco.
Desde o inicio de março estou recolhendo algumas produções de texto, atividades de interpretação e exercícios de matemática para poder avaliar o crescimento deles. Estamos no final do trimestre e todos precisam ser avaliados, principalmente nos seus avanços. Desde que iniciei o trabalho com meus alunos, uma das questões que mais me chamou a atenção era em relação às operações, pois as crianças não realizavam as mesmas utilizando o quadro de ordens. Tentei então utilizar outras estratégias de cálculos como o ábaco e a decomposição para então chegar ao quadro de ordens. Foi através dessas diferentes estratégias que consegui sistematizar o uso do quadro de ordens, alguns alunos ainda insistem em resolver as operações de forma linear, mas são poucos. Penso que como mediadora necessito interferir e propor outros métodos para que os alunos aprendam, sempre respeitando os conhecimentos que eles já possuem. Me coloco como "mediadora" no sentido de facilitadora e motivadora da aprendizagem, dando embasamento para que os alunos cheguem com menos dificuldades aos seus objetivos. "Dessa forma, a função do professor deixa de ser o de difundir conhecimento para exercer o papel de provocar o estudante a aprender a aprender. Esse conceito também está presente na perspectiva da escola cidadã, idealizada por Paulo Freire, na qual o professor deixa de ter um caráter estático e passa a ter um caráter significativo para o aluno."
Citação bibliográfica:
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos."Professor mediador" (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2002, http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=198

domingo, 23 de maio de 2010

Estágio 6ª Semana



Nesta semana trabalhei o tema “Vitaminas” e observei que teve muita repercussão inclusive em casa. Desde a montagem do painel com as embalagens dos lanches, as mães visualizaram o mesmo e perceberam o tipo de alimento que seus filhos estão recebendo delas. Houve uma tomada de consciência, pois elas têm o conhecimento que seus filohos estão em fase de crescimento, necessitando assim, de alimentos menos industrializados, mais saudáveis e naturais. Estou muito satisfeita, pois tem crianças trazendo suco, fruta, sanduíche e até pão caseiro para lanchar. Por isso, pretendo seguir trabalhando os alimentos durante mais alguns dias.



Estamos no final do 1º trimestre e pretendo revisar os conteúdos que os alunos ainda apresentam dificuldade. Observei que muitos têm dificuldade na estruturação de textos, com frases repetitivas, sem pontuação adequada, ainda misturando letras maiúsculas com minúsculas e também fazem trocas de letras. Tenho consciência que eles ainda estão num processo de alfabetização, por isso, construí juntamente com eles alguns bingos, dominós, jogos de memória e dados com dificuldades ortográficas. Considero que através das atividades lúdicas os alunos têm mais prazer, além do que eles próprios ajudaram a construir este material, ficando entusismados para logo iniciar o jogo. Procuro incentivar que eles registrem todas as suas jogadas, listando todas as descobertas. Está cada vez mais raro professores que ainda pensam que "hora de brincar é hora de brincar e hora de estudar é hora de estudar" PAULO FREIRE (1996), diz que o professor precisa pensar certo para só então ensinar a pensar certo, de forma cônscia e autônoma, com certeza de seus sentimentos e valorizando o cognitivo de cada aprendiz. Na matemática, trabalhei com situações problemas envolvendo situação do dia a dia, bem como o sistema monetário e cálculos envolvendo adição e subtração. Nesta semana exigi o registro de todas as operações que eles realizaram, pois alguns colocavam o resultado dos exercícios mentalmente, não querendo ter o trabalho da montagem da conta. Estou muito entusiamada com a participação dos pais, inclusive comuniquei alguns que a autorização do blog da turma expira na primeira semana de junho e que provalmente irei extingui-lo após esta data. Para minha surpresa, já recebi manifestações para continuar com ele ativado, o que me dá a certeza de que a educação precisa aliar a tecnologia a seu favor.

domingo, 16 de maio de 2010

Atividades 3º Ano

Nesta semana se intensificaram os ensaios da música (Fico assim sem você, Adriana Calcanhoto) para a festa do dia das Mães. Também preparamos uma homenagem no movie maker para apresentar no sábado, dia 15 de maio, o que atrasou um pouco o andamento das atividades, por isso, nesta semana pretendo dar continuidade aos conteúdos que não foram vencidas na semana anterior. Considero que cada vez mais, o uso da tecnologia em sala de aula tem se intensificado: fizemos a pesquisa de receitas criativas (reaproveitamento de sementes, talos ou cascas), concurso no paint para a capa do mini livro de culinária e homenagem no movie maker. Desde o início da semana fui guardando as embalagens dos lanches que eles consumiam no recreio e montamos um painel. Eles visualizaram e observaram que ninguém tinha o hábito de comer fruta, pão ou tomar suco durante a merenda, nem mesmo tem o hábito de comer a excelente merenda que a própria escola oferece. Nesta sábado aproveitei a visita das mães na escola e pedi que as mesmas refletissem sobre o tipo de alimento que os seus filhos estão consumindo e as consequencias destes hábitos para o futuro. Vou continuar insistindo para reverter os hábitos alimentares deles trabalhando as vitaminas de alguns alimentos e a consequencia da falta delas no nosso organismo. Eles estão muito empolgados com o acompanhamento da germinação do "pé de feijão," bem como do "boneco fiscal do lixo seco e orgânico." Já observei que alunos que têm irmãos em outras turmas também fizeram em casa o mesmo trabalho, (eles andam desfilando pelos corredores com o boneco na mão) um sinal que foi muito significativo, despertando o interesse e curiosidade até de outras turmas da escola. Começamos a organizar um lembrete aos pais sobre reciclagem de lixo, alguns pontos levantados foram: Leve sua própria sacola para fazer compras; Prefira embalagens reutilizáveis em vez de descartáveis; Separe o lixo seco do orgânico; Evite o desperdício de alimentos reaproveitando talos, cascas, sementes e folhas, entre outros. Através desta última dica, organizamos algumas receitas e criamos um livrinho de culinária alternativa com reaproveitamento do "lixo orgânico." Também colocamos em prática uma receita de bolo feito com cascas de banana o que despertou neles algumas dúvidas e certezas: Isso minha mãe coloca no lixo! A casca tem vitamina? Vai dar dor de barriga? Tem que lavar bem pra depois fazer a receita. Dá pra economizar! Vou ensinar para a minha mãe! Observei que trabalhar a leitura e a escrita através de vários portadores de texto (receitas, letra de música, embalagens, poesias) enriquece e dinamiza o trabalho, além de diversificar a rotina da sala de aula. Ao explorar o sistema monetário através do "dinheirinho" observei que eles tem muita facilidade em realizar cálculos mentais, tendo uma certa dificuldade em sistematizar a operação no caderno. Vou intensificar exercícios e atividades que visam superar esta dificuldade.

sábado, 15 de maio de 2010

Apreciação do Estágio

Nesta semana se intensificaram os ensaios da música (Fico assim sem você, Adriana Calcanhoto) para a festa do dia das Mães. Também preparamos uma homenagem no movie maker para apresentar no sábado, dia 15 de maio, o que atrasou um pouco o andamento das atividades, por isso, nesta semana pretendo dar continuidade aos conteúdos que não foram vencidos na semana anterior. Considero que cada vez mais o uso da tecnologia em sala de aula tem se intensificado: fizemos a pesquisa de receitas criativas (reaproveitamento de sementes, talos ou cascas), concurso no paint para a capa do mini livro de culinária e homenagem no movie maker.Desde o início da semana fui guardando as embalagens dos lanches que eles consumiam no recreio e montamos um painel. Eles visualizaram e observaram que ninguém tinha o hábito de comer fruta, pão ou tomar suco durante a merenda, nem mesmo tem o hábito de comer a excelente merenda que a própria escola oferece.Nesta sábado aproveitei a visita das mães na escola e pedi que as mesmas refletissem sobre o tipo de alimento que os seus filhos estão consumindo e as consequencias destes hábitos para o futuro. Penso que consegui sensibilizá-las, pois elas concordaram que nunca viram tanta "besteira" reunida naquele cartaz. Vou continuar insistindo para reverter os hábitos alimentares deles trabalhando as vitaminas de alguns alimentos e a consequencia da falta delas no nosso organismo. Eles estão muito empolgados com o acompanhamento da germinação do "pé de feijão," bem como do "boneco fiscal do lixo seco e orgânico." Já observei que alunos que têm irmãos em outras turmas também fizeram em casa o mesmo trabalho, (eles andam desfilando pelos corredores com o boneco na mão)um sinal que foi muito significativo, despertando o interesse e curiosidade até de outras turmas da escola. Começamos a organizar um lembrete aos pais sobre reciclagem de lixo, alguns pontos levantados foram: Leve sua própria sacola para fazer compras;Prefira embalagens reutilizáveis em vez de descartáveis; Separe o lixo seco do orgânico; Evite o desperdício de alimentos reaproveitando talos, cascas, sementes e folhas, entre outros. Através desta última dica, organizamos algumas receitas e criamos um livrinho de culinária alternativa com reaproveitamento do "lixo orgânico. Também colocamos em prática uma receita de bolo feito com cascas de banana o que despertou neles algumas dúvidas e certezas:Isso minha mãe coloca no lixo!A casca tem vitamina? Vai dar dor de barriga?Tem que lavar bem pra depois fazer a receita. Dá pra economizar! Vou ensinar para a minha mãe! Observei que trabalhar a leitura e a escrita através de vários portadores de texto (receitas, letra de música, embalagens, poesias) enriquece e dinamiza o trabalho, além de diversificar a rotina da sala de aula. Ao explorar o sistema monetário através do "dinheirinho" observei que eles tem muita facilidade em realizar cálculos mentais, tendo uma certa dificuldade em sistematizar a operação no caderno. Vou intensificar exercícios e atividades que visam superar esta dificuldade. Nesta semana recebemos a visita do professor Paulo Slomp e da tutora Bianca, os alunos observaram que o professor é bem mais alto que a professora Fárida, (o que não acontece em minha sala de aula, pois eu tenho alunos mais altos do que eu) eles reclamaram eles ficaram pouco tempo e já estão perguntando quando voltarão.

sábado, 8 de maio de 2010

Reflexão da 4ª semana do estágio

No decorrer desta semana fiquei bem animada ao perceber avanços expressivos relacionados principalmente a três alunos que são praticamente especiais em razão das circunstâncias de vida deles. Preocupo-me muito com eles, pois além da carência afetiva, também tem a defasagem escolar e a dificuldade na aprendizagem. Estou muito empolgada com o progresso deles, pois demonstram confiança em si mesmos e já estão conseguindo (e não tem vergonha) ler pequenos trechos de textos em voz alta como os demais da turma. O restante da turma é bastante dinâmica e comunicativa, adoram interagir, precisando até ser chamados a atenção quando se empolgam demais, só ainda acho eles um pouco lentos nas atividades de cópia no quadro. Já recebi o reconhecimento por parte de algumas mães sobre o trabalho que venho desempenhando, inclusive valorizando o tema do projeto da turma "Como cuido do mundo? " bem como pelos trabalhos desenvolvidos desde março, entre eles cito o mascote de sucata do meio ambiente, experiência da germinação, criação do blog da turma(terceiroanoprojetocomocuidodomundo.blogspot.com), boneco fiscal da separação do lixo seco e orgânico (feito com serragem, alpiste, meia calça e garrafa pet) entre outros.

Observo que a maior dificuldade dos alunos está na produção textual, por isso, tenho me empenhado em propor atividades com diversos portadores de texto, inclusive nesta semana as mães receberam como tarefa escrever uma receita culinária com reaproveitamento de folhas, talos e cascas de hortaliças, frutas ou verduras, que poderiam ser descartado no lixo orgânico mas que tem muita vitamina e também pode gerar economia no bolso. Estamos organizando um livro com estas receitas para presentear as mães.

Nesta semana exploramos o paint no notebook, eles fizeram um desenho coletivo, cada um desenhou e pintou um pouco, no final eles acharam muito borrado e até me pediram para eu não mostrar para ninguém, tampouco pra não colocar no blog da turma e alegaram que quem olhasse a pintura iria dizer que era trabalho de "pré escola". Expliquei para eles que como a maioria não tinha intimidade com esta ferramenta, ficou difícil o manuseio, mas que com o tempo eles irão se habituando e quem sabe, daqui a alguns meses serão capazes de criar verdadeiras obras de arte.

Na questão do conhecimento lógico-matemático, observo que a maioria tem uma certa facilidade bem como adoram utilizar o material concreto, (ábaco e palitos) jogos e desafios. Estou me esforçando para poder continuar vencendo barreiras e atingir meus objetivos traçados com minha turma e também com o meu estágio.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Autonomia







Cada vez mais trabalho com intuito de proporcionar aos meus alunos autonomia, pois entendo que aprender através dos erros, das dúvidas e incertezas é a melhor forma pois faz com que busquemos novos conhecimentos. Ao longo da minha trajetória como profissional da educação sempre lancei desafios aos meus alunos para que os mesmos acreditassem em seu potencial tentando cada vez mais buscarem respostas para suas angústias. Desse modo acredito estar estimulando-os a serem independentes e capazes de argumentar para que defendam suas idéias, tornando-os críticos e responsáveis por seus atos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Reflexão

Nessa semana o trabalho desenvolvido com meus alunos teve o intuíto de proporcionar aos mesmos uma maior participação. Eles foram desafiados em diferentes momentos e tiveram a oportunidade de esclarecerem suas dúvidas e refletirem sobre suas certezas. Meu papel foi de mediadora desse processo fazendo sempre com que as crianças pudessem participar ativamente de todos os momentos como sujeitos capazes e em busca de sua autonomia. Tivemos datas importantes nesta semana, o dia do índio e o descobrimento do Brasil, várias questões foram levantadas quanto a estes temas e depois houve a pesquisa para responder estas questões:
Gravataí ainda tem índio? (este aluno lembrou da colonização de Gravataí que se deu primeiramente por indígenas)
Como eles vivem atualmente? É verdade que eles não usavam roupas? (este aluno trouxe uma gravuras de índios usando somente penas)
Os índios pedem esmola? (um aluno referindo-se a uma família indígena pedinte que e viu no centro de Porto Alegre)
Onde foram os índios que habitavam esta terra na época do descobrimento?
Por que nosso país recebeu o nome de Brasil?
Através das dúvidas que partiram deles próprios, o trabalho de pesquisa ficou mais interessante e desafiador, eles fizeram entrevistas com seus familiares e posteriormente confrontavam as respostas com a dos colegas até chegarem numa conclusão.
Ao iniciar a criação do blog, percebi a dificuldade deles no manuseio do teclado para encontrar as letras e também na hora de digitar os seus nomes no emprego da letra maiúscula no início dos nomes próprios. Eles queriam digitar utilizando as duas mãos, mas por falta de conhecimento e prática não conseguiam. Observei que mesmo os alunos que possuiam computador em casa apresentavam pouca intimidade com o mesmo, conclui que este recurso é utilizado apenas como recreação através de jogos.

De um modo geral eles têm uma certa dificuldade na produção textual, tenho explorado muito a elaboração de frases, o uso do parágrafo, a ortografia de palavras com dificuldades ortográficas e o emprego de letras maiúscula no início de frases. Tenho dois alunos que ainda não estão lendo, o que requer um trabalho diferenciado e muito mais atenção. Na questão da matemática, eles estão quase todos no mesmo nível de compreensão, realizam operações simples de adição e subtração sempre com o auxilio do material concreto que dispomos na sala.

domingo, 18 de abril de 2010

Espaço da Informática Virtual




Não sendo possível utilizar diariamente o notebook em nossa sala de aula, criamos o cantinho da Informática Virtual. Fizemos o combinado de quem terminar as atividades pode ocupar o espaço para se familiarizar com o teclado, podendo assim, aprender brincando.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aniversário de Gravataí





Na semana passada comemoramos mais um ano da nossa cidade, Gravataí.
Muitos alunos não sabiam que "cidade também faz aniversário", tampouco que era tão "antiga" (eles acharam 247 anos muita idade e alegaram que nunca conheceram ninguém tão velho). Pesquisamos juntos sobre a povoação da nossa "Aldeia dos Anjos" que se deu primeiramente por índios e o que mais lhes chamou a atenção foi que uma planta (gravatá) conhecida hoje como bromélia, deu origem ao nome atual da cidade.
Levei para sala de aula uma bromélia e eles descobriram que muitos tinham a planta em casa e nem imaginavam que a mesma representa o símbolo da nossa cidade. Num outro momento eles coloriram algumas bromélias e fizemos uma exposição na sala de aula. Pelo relato dos alunos, foi uma aula cheia de novidades onde os mesmos levaram ao conhecimento dos pais as descobertas feitas sobre a sua cidade.

Projeto: Como cuido do mundo?




Definimos juntos que daríamos continuidade ao tema água, trabalhando o meio ambiente através de projetos. Após alguns questionamentos chegamos ao título "Como cuido do mundo"?
Partindo dessa discussão, os alunos assistiram o filme Wall-E, o mesmo conta a história de um robô que tenta sozinho reciclar todo o lixo que as pessoas espalharam na Terra. A partir desta atividade foi possível trabalhar a consciência ecológica de forma lúdica e prazerosa. Em um outro momento fizemos uma mesa redonda para discurtirmos como deveríamos agir para que aquela história nunca se torne uma realidade. Percebi que eles têm muitas certezas sobre a nossa produção diária do lixo e muitas dúvidas sobre o destino do mesmo.
Dando continuidade a este trabalho, eles confeccionaram os livrinhos através de desenhos, sendo cada aluno elegeu quatro cenas do filme que considerou mais marcante.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Semana da Páscoa









Percebendo o interesse e aceitação dos meus alunos pelo tema desenvolvivo na última semana sobre a água, definimos juntos que daríamos continuidade ao assunto trabalhando com projetos sobre questões ambientais, só ainda não ficou definido que título daremos ao nosso Projeto.
Nesta semana trabalhamos a Páscoa e seus símbolos e para não desvincular do tema ambiente, confeccionamos um dos seus símbolos (ovo) com materiais de sucatas (jornais e garrafas plásticas), sendo que cada um recebeu o seu recheado de guloseimas. Além do trabalho ter ficado muito bonito foi um momento de reflexão sobre a quantidade de embalagens descartáveis que consumimos e descartamos diariamente na natureza e que precisam de um destino adequado.



segunda-feira, 29 de março de 2010

Reflexão sobre o trabalho do Dia Mundial da Água


O trabalho de sociabilização e de conscientização do Dia de Água teve um retorno melhor que o esperado. Não foi difícil prender a atenção deles, pois eles adoraram fazer a pesquisa com seus familiares e todos queriam contar o resultado dela. Penso que a mídia explorou pouco uma data tão relevante nos dias de hoje, pois a grande maioria dos alunos disse que os pais desconheciam tal data. Pedi que eles me retratassem como era a rotina do uso da água em suas casas e se houvesse excesso no uso, que eles fizessem frases apelativas pelo racionamento.


Algumas frases que surgiram:



"A mangueira não é vassoura." ( referindo-se a mãe que varre o pátio com a mangueira.)


"Por favor, não lave louça com a torneira aberta."


"No verão é mais econômico comprar uma piscina de plástico do que tomarmos banho com a mangueira ligada."


"O carro deve ser ensaboado com balde para não desperdiçar água."



O desafio maior é que eles continuem atentos ao mau uso da água e que eles próprios sejam agentes multiplicadores deste aprendizado.