segunda-feira, 29 de junho de 2009

Documentário Pro dia nascer feliz

A cena que me chamou a atenção é onde aparece o aluno Deivison Douglas, 16 anos, da 8ª série, pois tem muito haver com a clientela de alunos a qual eu trabalhos no turno da manhã. Apesar de muitos discriminarem esse tipo de aluno, eu vejo esta rebeldia que eles apresentam como forma de chamar a atenção e até como um tipo de carência que vai da afetiva até a material.
Com certeza, alunos com o comportamento como o do Deivison Douglas, entre os quais: a falta de limites, a agressão verbal e até física, a indiferença com o outro e a si próprio, fazendo parte do seu cotidiano, servindo assim de parâmetro para sua vida, tornando-se um problema de convivência dentro da escola e isso se reflete no aprendizado.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 22 diz: “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Contudo, na prática cotidiana, observa-se que a escola pública não tem cumprido sua função socializadora de preparar os jovens para o mercado de trabalho, tanto em relação à técnica ou disciplina, quanto como formadora do indivíduo em sua totalidade, de modo a desenvolver um pensamento crítico e autônomo em relação ao mundo (SOUZA, 2003, p. 42).
Isto ficou muito evidente no documentário, ele traz à tona questões muito abrangentes como: será que a escola, que está inserida no modelo capitalista, exploratório e promotor de desigualdades dará conta de atender as perspectivas dos jovens? Como fazer da escola um espaço disputado? Ela será uma porta para a no mercado de trabalho?
Esta é uma questão para se pensar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

CONAE

No dia 19 de junho de 2009 (sexta-feira), participamos da etapa inicial do CONAE (Conferência Nacional da Educação), participaram os quatros segmentos (professores, pais, alunos e funcionários), onde foram analisados os 6 eixos que comtemplam as diferentes áreas da educação.Durante esta etapa foram eleitos os representantes dos quatro segmentos sendo que os mesmos irão defender as idéias da escola na Conferência, nos dias 26 e 27 de junho. 
É importante ressaltar que o CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional. Será organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.A importância política da CONAE para o País guarda relação, em suas origens, com a própria história de institucionalização do Ministério da Educação. Quando o Presidente da República sancionou, em 1937, a Lei nº 378, reorganizando o Ministério da Educação e Saúde Pública, também institui no mesmo ato, a Conferência Nacional de Educação.Fonte: portal.mec.gov.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Reflexões sobre desenvolvimento moral

Nos últimos anos, sobretudo neste ano, o que vem chamado à atenção de toda a sociedade são os casos de violência dentro das instituições de ensino, rara era a semana que não se tinha como capa de jornal um caso desse tipo. O que mais impressiona é que cada vez mais está atingindo crianças de menor idade, do ensino fundamental que é a minha área de atuação.
Fico imaginando se isso está ocorrendo com quem está freqüentando uma escola, pois estes deveriam estar mais preparados para o convívio social e menos propenso a se envolver em brigas, o que esperar então daqueles que estão nas ruas?
Penso que o problema está na educação básica que deveria ser passada pela família, mas o que se percebe, desde a educação infantil é que as crianças não têm nenhuma orientação quanto a limites e ao respeito com os colegas e com a própria professora. Por isso diante de qualquer contrariedade agem de forma desproporcional e atacam seus colegas com agressividade e violência sem medir conseqüências.
Na minha infância tínhamos nossas diferenças, mas resolvíamos através de discussões mais acirradas, sem ofensas pessoais, muito menos contato físico.
Em minha sala de aula, na 4ª série, ocorreu uma situação em que um colega foi alcançar a borracha a outro que sentava em outra fila e jogou o objeto acertando o rosto de outro. Este, instintivamente levantou e revidou aquilo que julgou ser uma provocação, sem nem ao menos tentar dialogar ou aceitar a interferência do professor.
Cada vez mais a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas, como acabei de citar. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inserido.
Acredito que nas escolas as relações do dia-a-dia deveriam traduzir respeito ao próximo através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no PPP. Deveríamos sempre enfatizar este tema tão atual e preocupante para momentos de discussão e reflexão dentro das instituições de ensino, para que os educandos se percebam capacitados de agir como verdadeiros cidadãos que futuramente auxiliarão na transformação social.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Projeto "É preciso saber viver"

Ao iniciarmos o 2º trimestre, estamos desenvolvendo em nossa escola um novo projeto que tem como tema “É precioso saber viver”.
Quando começamos a desmembrar os sub-temas que poderíamos explorar, fiz um linck com o texto Educação após Auschwitz, para que pudéssemos reforçar a auto-estima do aluno, o respeito, à solidariedade, o amor ao próximo enfim, os valores que estão muito esquecidos entre as crianças e os jovens.
A leitura do texto me fez repensar a minha prática, pois apesar de já ter conhecimento dos fatos que envolveram Auschwitz, nunca havia pensado relacionando ao cotidiano escolar.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Os povos indígenas

Desde os anos de 1500, mais de 5 milhões de pessoas divididas em cerca de 900 povos culturalmente diferenciados, habitavam o nosso País. Nesta época, Portugal tinha menos de 1 milhão de habitantes. Hoje se calcula que a população indígena, no Brasil, seja de 700 milhões pertencentes a 225 povos, que falam 180 línguas diferentes. Desta população, em torno de 360. 320 vivem em territórios e os demais migraram para centros urbanos e ainda alguns pertencem a povos não contatados.
No Rio Grande do Sul, todo o território gaúcho era ocupado por povos indígenas. No inicio do século XVII, o atual estado do RS era constituído pela chamada “Província do Tape”, os índios eram os únicos habitantes, divididos em grupos que se espalhavam pelo território. Sendo assim, podemos dizer que o primeiro ciclo desocupou os campos e o segundo retirou os índios das matas. Estes dois, somados a ação sanguinária dos Bandeirantes Paulistas, à lei de terras de 1850 e os outros fatos históricos foram determinantes para o desaparecimento de muitos povos indígenas aqui radicados tradicionalmente.
É necessário termos a clareza de algumas generalizações que fazemos como “índios” ou “África”, pois são totalmente inadequados e geram preconceitos já que descaracterizam as identidades éticas e culturais, generalizações como estas, já mais representaram corretamente (nem imagem e nem cultura...). Os povos indígenas elevados a nações obtiveram certa autonomia no Brasil.
Hoje, podemos afirmar que os povos indígenas são sobreviventes do processo de colonização, já que foram quase totalmente dizimados, conclusão a que os números anteriormente citados nos fazem chegar.
Quando se pensa no índio estamos introduzindo a idéia de denominações. “Índio” é uma generalização, pois na verdade cada indivíduo assim denominado pertence a uma etnia, a qual tem sua identificação própria, tal como os povos, Guarani, Xavante, etc. O erro cometido por Colombo há mais de 500 anos – ao denominar os povos do Continente Americano de índios, julgando estar em terras asiáticas – persiste ainda nos dias atuais quando se faz referência aos povos nativos do Brasil.
Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. A maioria delas não vive mais como antes da chegada dos portugueses, pois o, contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.